Francisco Coelho da RochaChegamos ao final deste ano em estado de alarme geral. Os noticiários televisivos, que cada vez duram mais tempo, são dedicados na sua quase totalidade a notícias catastróficas. De repente, parece que o nosso país e o mundo está em estado de sítio e não há nada de bom que nos possa acontecer. Vivemos na cultura do medo, que nos agita por tudo e por nada. Por exemplo, agora mesmo enquanto escrevo este texto, está a ser anunciado que estão dois distritos em alerta amarelo, por causa do frio. No fim do mês de Dezembro as televisões gastam tempo a alertar-nos para o frio? Mas não estamos no Inverno? No Inverno não faz frio? Estranho era se tivéssemos uma vaga de calor. Bem, mas se não é o frio é um banco que vai falir, um sindicato que vai fazer mais outra greve ou uma peste qualquer num animal de consumo doméstico. Nos últimos anos já tivemos todo o tipo de epidemias, desde as vacas que eram loucas, passando pelos suínos até às aves que apanharam uma constipação. Digo-vos uma coisa, chegar à época de Natal e não terem inventado uma doença para o bacalhau é muita sorte!

Oxalá que o ano que amanhã começa seja o ano em que ignoramos o estado permanente de alarmismo, o ano que possuamos a determinação necessária para fazermos uma vida diferente, uma vida de esperança.

Desejo-lhe um feliz ano de 2016.