Depois da troca de acusações segue-se uma troca de queixas-crime em Paços de Ferreira.

Joaquim Pinto, vereador do PSD, adiantou, esta segunda-feira, que vai interpor uma queixa-crime contra o presidente da Câmara Municipal, Humberto Brito, por injúria e difamação, devido a afirmações sobre uma alegada investigação da Polícia Judiciária a actos que tinha praticado quando o social-democrata foi vereador em 2006 em relação ao contrato estabelecido com a concessionária de água e saneamento no concelho.

Agora, foram os eleitos do PS na Câmara Municipal pacense que confirmaram ao Verdadeiro Olhar que vão também avançar com uma queixa-crime contra o vereador do PSD.

Em causa, estão as afirmações de Joaquim Pinto “responsabilizando directamente esta autarquia por todos os acidentes de viação ocorridos no concelho”.

“Tal imputação é susceptível de colocar em causa o bom nome, não só do executivo municipal, mas também de todos os funcionários da autarquia que, não obstante as dificuldades financeiras, têm feito um esforço estóico no sentido de melhorar as condições de circulação rodoviária, garantindo maior segurança às pessoas”, sustentam os socialistas.

Ainda de acordo com os eleitos do PS, o vereador Joaquim Pinto tem “de forma consciente e reiterada”, vindo a exercer “uma campanha de ódio e cujo único objectivo passa por denegrir os eleitos pelo Partido Socialista, não se coibindo de usar uma linguagem insultuosa”.

Um comportamento que, diz o executivo liderado por Humberto Brito, “não é mais do que uma tentativa desesperada de tentar esconder a derrota colossal que o próprio e o seu PSD tiveram em Outubro passado”.

Pelas “acusações torpes e insultuosas” do autarca, os eleitos da maioria no executivo municipal prometem formalizar “a competente queixa-crime contra o vereador”.

Recorde-se que, tudo começou na semana passada quando o PSD de Paços de Ferreira, cuja comissão política também é presidida por Joaquim Pinto, emitiu um comunicado em que criticava a falta de segurança na rede viária do concelho e acusava a autarquia de inacção.