Francisco Coelho da RochaPara além do Europeu de futebol, que se começou a jogar em França, a semana começou com um atentado em Orlando, nos Estados Unidos da América, que fez meia centena de mortos.

Ora, o assassino, simpatizante de um grupo jihadista, poucos minutos antes de entrar numa discoteca frequentada por gays e disparar indiscriminadamente sobre as pessoas, ligou para um número nacional de emergência a jurar fidelidade ao grupo terrorista islâmico ISIS ou Daesh.

O Primeiro-Ministro português, através da sua conta no Twitter, chamou-lhe um ataque homofóbico. A Comunicação Social nacional e internacional chamou-lhe um ataque contra a comunidade gay. Ora, estes grupos terroristas são conhecidos por ter ódio a quase tudo, não apenas aos homossexuais. Eles têm ódio às mulheres, aos negros, aos cristãos, a judeus, a ateus, a tudo e a todos os que não cumpram escrupulosamente as regras da seita, executando-os em público. Pouco depois do atentado, o grupo jihadista a que pertencia reivindicou o acto terrorista.

Este atentado mostra a dualidade de critérios no tratamento de assuntos idênticos. No passado dia 2 de Abril de 2015 o mesmo grupo islamita atacou brutalmente a Universidade de Garissa, no Quénia. Os jihadistas entraram na universidade e decapitaram todos os que fossem cristãos. Morreram três vezes mais pessoas do que na discoteca de Orlando. Na altura, não me recordo de qualquer órgão de Comunicação Social ter classificado o acto terrorista como um ataque contra cristãos, nem António Costa escreveu o que quer que fosse sobre o assunto no seu Twitter.

Parece que se alguém é assassinado por ser cristão, oculta-se, mesmo que seja a religião mais perseguida do mundo. Se o ataque teve como motivo a fé das vítimas, oculta-se e fala-se de um acto terrorista. Se as vítimas são homossexuais, difunde-se largamente, tentando fazer apagar as informações mais relevantes: foi um acto terrorista reivindicado por um grupo islâmico.

Vivemos um tempo de cristianofobia.