Foto: Pexels/Ivan Samkov (DR)

Chama-se “Bairro Capital do Móvel” e é um projeto que se insere nos Bairros Comerciais Digitais (BCD), criados a nível nacional, e que vai ser implementado em Paços de Ferreira, através de um protocolo que vai ser firmado amanhã, quarta-feira, no Palácio da Bolsa, no Porto.

A intenção passa pelo desenvolvimento de 50 projectos deste tipo em todo o país, até ao final de 2025, havendo, para o efeito, 52,5 milhões de euros vindos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O investimento para Paços de Ferreira ronda os 913 mil euros.

Este projeto pretende apoiar “a retoma, a revitalização e a modernização do comércio local e serviços ao consumidor com atividade nos eixos urbanos centrais da cidade”, refere o município, em nota de imprensa.

De entre as 187 manifestações de interesse submetidas, englobando mais de 49 mil estabelecimentos do comércio e serviços, foram selecionadas 160 e dessas 65 consideradas elegíveis, entre as quais está a de Paços de Ferreira, que ficou em décimo lugar. A candidatura pacense foi apresentada através de um consórcio entre a Associação Empresarial e a Câmara Municipal.

O “Bairro Capital do Móvel” será “um polo de dinamismo comercial e de valorização dos recursos endógenos, capaz de colocar em sintonia as mais valias do comércio local e as vantagens proporcionadas pela era digital e que, simultaneamente, possa vir a alavancar a atividade económica da região”, lê-se na mesma nota.

Vai ocupar “cerca de oito hectares, e mobilizará investimento em digitalização, formação, apoio ao empreendedorismo, eventos e diversas iniciativas de âmbito social e ambiental, que foram já subscritas pelos principais stakeholders do município, que beneficiarão, não apenas os estabelecimentos locais aderentes (297 estimados) mas também a população local e todos os que a ela se deslocam em trabalho ou lazer”.

Até 2025, o edilidade espera “trazer para o centro de Paços de Ferreira mais acessibilidade e interação da população através de centros de informação digital, reabilitação urbanística e sinalética, sistemas de conectividade comuns, mobiliário urbano inteligente, sistemas de controlo de tráfego, digitalização de infraestruturas de estacionamento e sistema de informação e monitorização de transportes públicos”.

A estrutura prevê ainda “impulsionar diretamente o comércio local e serviços ao consumidor”, assim como inclui “visitas virtuais, site, app, marketplace, soluções logísticas e Lockers digitais, para além de uma orientação estratégica comum”.