Joaquina Ferreira tem 50 anos e é natural de Cernadelo, Lousada. Aceitou ser candidata à Câmara Municipal de Lousada pelo Bloco de Esquerda com a mesma determinação que começou a trabalhar cedo para depois voltar aos estudos e se licenciar e fazer mestre na área da Administração Educacional.

Politicamente, integrou os núcleos de Penafiel e Paredes do bloco de Esquerda e faz parte da coordenação do partido no Porto. Foi agora responsável por criar o núcleo de Lousada e é a primeira mulher a candidatar-se à Câmara de Lousada.

Diz que é preciso fazer mais pelo concelho, ter sangue novo e ideias novas na autarquia e acabar com o bipartidarismo na vereação.

Vencer seria o ideal, naquela que é a primeira vez que o partido apresenta uma candidatura à câmara em Lousada, mas ter representação no executivo ou na Assembleia Municipal também seria uma vitória.

É a primeira mulher a candidatar-se à Câmara Municipal de Lousada. É uma responsabilidade acrescida?

Sim, é uma responsabilidade acrescida e sinto-me de certa forma satisfeita por o Bloco de Esquerda me lançar este convite que aceitei com muito entusiasmo e com muita determinação. O BE entendeu que os lousadenses precisam de uma alternativa nos destinos da Câmara de Lousada. Sou filha desta terra, que me viu nascer e me viu crescer. Conheço a realidade e os problemas do meu concelho, dos mais antigos aos mais recentes. Acredito que o BE é uma nova esperança para Lousada e para os lousadenses. Acredito que podemos contribuir para a melhoria das condições de vida das pessoas e lutar por um concelho mais justo, solidário e inclusivo.

 

Porquê o Bloco de Esquerda? Já era militante?

Iniciei a minha actividade política no Bloco de Esquerda onde sou militante há alguns anos. Neste momento, sou coordenadora distrital do Porto, mas já integrei o secretariado de Penafiel e Paredes do Bloco de Esquerda. Identifico-me com as ideologias e com os princípios do Bloco. Penso que o Bloco de Esquerda será uma alternativa para Lousada.

Faltam mulheres na política lousadense? Isso faria a diferença?

Sim. Aliás, uma das nossas bandeiras é a igualdade de género. É uma câmara que nunca teve uma mulher a liderar. Tenho consciência que não será fácil trilhar este caminho, num concelho em que a figura feminina não está associada a estas lides. Estou determinada a levar esta candidatura até ao fim e até onde os lousadenses o entenderem. Serei a voz activa dos lousadenses que tiverem a mesma coragem e determinação para acreditar em mim, para mudarem as tendências políticas deste concelho no dia 1 de Outubro.

É preciso mudar as políticas e os protagonistas e incrementar a qualidade da gestão autárquica

Qual o objectivo da vossa candidatura?

Acreditamos que este concelho precisa urgentemente de ser transformado, romper com o sistema vigente, acabar com ciclos políticos repetitivos e situações de maiorias absolutas. É preciso mudar as políticas e os protagonistas, incrementar a qualidade da gestão autárquica, aprofundar a democracia local e ampliar o número de agentes políticos.

Pretendemos defender o serviço público que deve ser prestado a todos municípios e conceder os apoios necessários para que haja coesão social. Dotar o concelho das infra-estruturas essenciais ao seu desenvolvimento económico, social e cultural, permitindo a coesão territorial. Planear políticas ambientais, culturais e de turismo que optimizem o potencial do concelho.

 

Diz que quer ser uma alternativa. O que é preciso fazer diferente em Lousada?

É preciso fazer mais obra, pensar mais nas pessoas, nos problemas efectivos do concelho. Nesta altura das eleições, por onde quer que vamos só encontramos ruas, caminhos, tudo cheio de buracos, tampas de saneamento altas, obras de última hora, talvez para mostrar o serviço feito e justificar o dinheiro gasto ao longo deste tempo. Ao longo dos três anos anteriores tudo estava calmo, pacífico, mais parecia que estava tudo feito.

Lousada precisa de uma intervenção política na promoção da defesa dos direitos e da qualidade de vida dos lousadenses no campo económico e social. Prestamos especial atenção aos mais carenciados e que vivem afectados com estes tempos difíceis. Nenhum lousadense deve ser privado de ter uma habitação digna, acesso ao abastecimento de água, electricidade ou saneamento. São problemas que este executivo não tem valorizado muito.

Que avaliação faz do trabalho do actual executivo socialista?

Não vamos entrar muito na política do mal dizer. Queremos fazer uma política positiva, queremos olhar e salientar os problemas que não foram tratados até agora no concelho. Não poderemos ignorar algumas situações que este executivo, que há 27 anos está no poder, quase há três décadas, tem vindo a deixar para trás.

Este executivo foi uma herança deixada pelo Dr. Jorge Magalhães para o Dr. Pedro Machado. Isto é quase uma família: passou de geração para geração. E, neste momento, quem governa e quem está ao leme da câmara, oficialmente, é o Dr. Pedro Machado, mas na prática isso não é verdade. Quem manda e quem toma decisões não é o presidente, mas é o Prof. Santalha. É ele que dá ordens…

Essa é uma acusação que já tem sido feita pela Coligação Lousada Viva…

Porque é uma realidade que nós vivemos há muitos anos e, infelizmente, continua a perdurar. É urgente acabarmos com este tipo situações.

A câmara devia ser a primeira a dar o exemplo e a combater a precariedade. Com tantos jovens que temos no concelho, com falta de trabalho, com jovens com capacidade para liderar e continuamos com este executivo, com esta pescadinha de rabo na boca.

Quem manda e quem toma decisões não é o presidente, mas é o Prof. Santalha

Não sei porque é que ele [Prof. Santalha] está no poder. Ele não foi eleito, não foi nomeado. Não sei com que direito é que isto é possível. Esta será uma das questões que, se tiver voz activa no dia 1, o Bloco de Esquerda vai colocar.

Mas como caracteriza a acção deste executivo?

A gestão deste executivo tem-se vindo a manifestar fraca, medíocre, pobre em iniciativas e a acção do líder da Câmara muito condicionada pelo Prof. Santalha.

 

Quase 30 anos de liderança socialista é muito tempo para um concelho?

É muito tempo. A gestão deste município precisa de sangue novo, gente nova, ideias novas, de mudar completamente. Precisamos de virar um bocadinho mais à esquerda.

A gestão deste município precisa de sangue novo, gente nova, ideias novas, de mudar completamente. Precisamos de virar um bocadinho mais à esquerda

Quais são as prioridades da candidatura do Bloco de Esquerda para Lousada?

As nossas linhas prioritárias passam por implementar um pacote de estímulos ao desenvolvimento local, no combate activo e sem tréguas à precariedade laboral, ao desemprego e à exclusão social. Queremos promover a criação de novas oportunidades/emprego e melhorar a qualidade de vida da população.

Outras das nossas propostas passa por encetar a construção de uma rede pública de lares de idosos, centros de dia, sistemas de apoio domiciliário a fim de cuidar dos munícipes que já contribuíram com os seus valores e com o seu trabalho para este concelho. Isso também passa pela criação de um programa de apoio aos idosos, alguns com baixos rendimentos, que não têm condições de fazer um pequeno arranjo porque as reformas são baixas e mal dão para os medicamentos.

 

Também já apresentaram algumas propostas para a educação.

Acreditamos que educação é uma tarefa que cabe a toda a sociedade e a todos órgãos autárquicos. Defendemos a escola pública e comprometemo-nos a lutar pelas escolas existentes no concelho, para que tenham as melhores condições possíveis. Queremos melhorar a rede pública de apoio à infância, implementar programas de combate ao abandono escolar, criar bolsas municipais para estimular a frequência escolar a todos os níveis e apoiar financeiramente os estudantes com bons aproveitamentos escolares, que têm dificuldades em prosseguir por falta de condições económicas.

Também temos a intenção de sensibilizar os mais jovens para as questões mais prementes da comunidade, pugnamos pelo desenvolvimento de actividades educativas no âmbito da cidadania e da participação democrática.

Pugnamos pela implementação de um plano social de escolas no concelho que possibilite a disponibilização de manuais escolares a todos os graus de ensino obrigatório e a distribuição de pequenos-almoços nas escolas e refeições dignas. Os miúdos não gostam de comer nas escolas.

Queremos criar uma rede de transportes públicos para as estações de caminho-de-ferro

A rede de transportes públicos é outra das preocupações já manifestadas. Quais são os projectos do Bloco de Esquerda nesta área?

Queremos criar uma rede de transportes públicos para as estações de caminho-de-ferro tanto de Caíde de Rei como Meinedo e criar uma rede de transportes públicos para estas localidades como para outras freguesias.

Há freguesias em que a maioria dos seus habitantes são pessoas idosas, que não têm carta de condução nem transporte e têm de vir de transporte público ao centro. Isso limita as pessoas. Querem ir a uma consulta, ao posto médico e estão dependentes de alguém porque a rede de transportes públicos não é eficiente. Há pessoas que têm de andar quilómetros para apanhar o autocarro. Queremos alterar esta situação.

Na apresentação da vossa candidatura acusaram a Câmara de não resolver o problema de poluição no Rio Sousa. O Bloco de Esquerda tem solução para este problema?

O problema passaria por fazer um levantamento de fundo e saber quem está a fazer estas descargas e quem está a poluir o rio. Se tivermos o privilégio de entrar na câmara, pelo menos na oposição, vamos ser persistentes e tentaremos saber, desde um extremo ao outro do Rio Sousa, quem, porquê e como estão a poluir o rio. Isto é um flagelo e traz não só para questões para o ambiente de Lousada como dos concelhos vizinhos.

Alguns destes poluidores já foram identificados e, inclusive, foram feitas queixas, quer na Câmara de Paredes e Penafiel. O município de Lousada é o único que nada tem feito. Apenas tem aplicado algumas sanções. Nada mais.

Diz que quer combater a precariedade laboral no concelho. Está a falar de casos concretos? Lousada é um concelho muito afectado por esta questão?

É uma questão global. Não é por acaso que o Bloco está com vários projectos na assembleia, inclusive já legislou alguns, em especial na parte dos precários.

As câmaras municipais são as que mais precários laborais têm ao seu serviço, quer nas escolas, quer mesmo dentro da câmara. Nas escolas, por exemplo, é uma realidade sem precedentes. Vão buscar os trabalhadores aos centros de emprego, os que auferem o RSI, que estão ali meia dúzia de meses, por vezes, com pouquinho tempo de serviço, duas, três horas, o que limita bastante o trabalho e a sua qualidade. Por vezes, quando a pessoa inicia o trabalho, quando o trabalho está a render é quando eles têm de ir embora. Isto é uma forma de ludibriar os resultados mesmo a nível do desemprego. O Bloco de Esquerda tem-se batido por este tema e defendido estes trabalhadores, porque é urgente regularizarmos esta situação, ao nível da economia local e do país.

 

As câmaras municipais são as que mais precários laborais têm ao seu serviço, quer nas escolas, quer mesmo dentro da câmara.

 

Quais as políticas do Bloco de Esquerda para captar investimento e para apoiar a criação de emprego em Lousada?

É uma questão que não está totalmente definida, mas já temos algumas ideias, embora para já seja prematuro estarmos a falar nesse campo. Todos os dias temos pessoas a juntar-se a nós e é importante dar voz a esta gente, ouvir as suas questões e inquietações.

Mas vamos lutar afincadamente por mais emprego no concelho. Somos um dos concelhos mais jovens e temos muita gente que, infelizmente, tem de sair para outros concelhos ou emigrar porque não têm oportunidades.

Lousada é realmente um dos concelhos mais jovens da região Norte e do país. Como é que esse activo deve ser aproveitado?

O Bloco está a ponderar uma bolsa de emprego, um incentivo aos mais jovens, e também tentar estabelecer parcerias com empresas do concelho para a contratação prioritária de residentes.

Entendemos que a Câmara deve dar o exemplo, deixar de contratar com recurso a esquemas de precariedade laboral, tal como já afirmei atrás, e contratar por tempo indeterminado. Todos beneficiarão com isso, quer os funcionários, quer o serviço. E também deve deixar de ter qualquer relação com empresas que contratem funcionários em situação precária. As empresas que aceitam ter funcionários precários estão no fundo a contribuir para que este flagelo continue. Queremos combater e não incentivar projectos que intencionem ter precários ao serviço. Iremos valorizar projectos que tenham trabalho, emprego a longo prazo e por tempo indeterminado. Será uma das nossas bandeiras. Iremos estar atentos e reprovar contractos por ajuste directo ou concurso com empresas que tenham ao seu serviço trabalhares precários.

Ouvimos muitos comentários na rua de que há eventos exagerados

A coligação PSD/CDS tem acusado os socialistas de desperdiçar dinheiro em “festas e festinhas”. Concorda?

Sim. De certa forma, também, temos essa visão. De facto, acho que há festas a mais no concelho. Isto é um concelho com 40 mil habitantes. Não se justifica, por vezes, fazer uma festa enorme no centro da vila e fazer logo a seguir, por exemplo, uma festa em todas as freguesias.

Ouvimos muitos comentários na rua de que há eventos exagerados. Se tivessem um bocadinho mais de contenção, provavelmente o dinheiro chegaria para resolver outras situações mais alarmantes que existem no concelho, que é o caso da situação dos idosos e dos jovens que não têm emprego.

 

Qual é que seria a política cultural do Bloco de Esquerda? Que eventos seriam para manter?

Não somos totalmente contra os eventos existentes. Claro que alguns são necessários e são uteis à nossa sociedade. Não somos contra tudo. Mas haverá alguns eventos e algumas associações que se calhar podem ser fundidos já que têm os mesmos objectivos.

Não vou dizer que alguns dos eventos não têm sido proveitosos, mas há outros que, se calhar, tem mais objectivos políticos, principalmente em ano de eleições.

O concelho tem-se desenvolvido por igual ou acredita que há uma excessiva aposta no centro da vila?

Existe muito centralismo. Aliás, há presidentes de junta que se queixam, principalmente, os que não são da cor partidária do actual executivo, que têm muita dificuldade em chegar à fala com o actual executivo, que para conseguir verbas para fazer arranjos e obras nas suas freguesia é muito difícil.

 

Se for eleito, o Bloco de Esquerda vai procurar descentralizar?

Sim, claro. Somos apologistas do descentralismo. Somos apologistas por uma política mais justa, mais íntegra e mais inclusa.

 

Esta é a primeira vez que o Bloco de Esquerda se candidata à Câmara de Lousada, à Assembleia Municipal e a duas uniões de freguesia. O que seria para si um bom resultado eleitoral?

Estamos em fase de implementação. Vamos fazer campanha na rua, campanha de proximidade com as pessoas dado a conhecer os projectos, ouvindo as pessoas, as inquietações, as suas opiniões. Só desta forma é que sabemos fazer política. Queremos estar no terreno, ser porta-vozes do nosso eleitorado, fazer oposição às políticas do executivo que ficar.

Claro que gostaríamos muito de ganhar estas eleições. Seria uma vitória sem precedentes para o Bloco de Esquerda ganhar esta Câmara. Talvez numas próximas eleições. Há pessoas que ainda não sabem que o Bloco está cá. O nosso principal objectivo será eleger alguns vereadores.

Ou seja, eleger um vereador já seria uma grande vitória?

Sim. E se conseguirmos fazer oposição na Assembleia seria óptimo. Não deixaremos de levantar questões ou pedidos de esclarecimento que possam ser de interesse público, sublinhando a proximidade às populações. A câmara é de todos os lousadenses e todos devem ser informados e chamados a participar nas orientações e decisões da câmara.

Todos os dias há pessoas que nos contactam porque se querem juntar a nós

Quando decidimos avançar os grandes partidos já tinham a campanha projectada e planeada. Tem sido uma velocidade vertiginosa para conseguir a projecção que já temos em Lousada. Todos os dias há pessoas que nos contactam porque se querem juntar a nós. Neste momento, fazemos um balanço positivo.

Mas admite, uma vez que têm menos meios, que será difícil acabar com o bipartidarismo que existe no concelho há vários anos?

Uma das intenções do Bloco de Esquerda é essa mesma, seria acabar com este bipartidarismo, dar oportunidade aos lousadenses de terem alguém mais que os represente na Assembleia Municipal. Há pessoas que estão condicionadas e sob pressão. As pessoas estão a ser contactadas, coagidas, de certa forma, para não sair deste bipartidarismo. Valem todos os meios para atingir os fins. Há pessoas que nos apoiam, mas não querem dar a cara. Isto é ridículo em pleno século XXI.

Queremos acabar com estas políticas que estão aqui há 30 anos, que é mais do mesmo. Penso que os resultados eleitorais serão bastante positivos.

O Bloco de Esquerda quer ser uma alternativa e uma solução e vamos lutar com garras, dentes e unhas para defender os direitos desta gente e deste povo que está oprimido, de certa forma.

Acredita que Leonel Vieira, que se apresenta como alternativa pela terceira vez, teria feito melhor trabalho que o PS?

Não vou dizer mal nem bem do Leonel Vieira, mas, se calhar, foi uma boa alternativa nestes últimos quatro anos a fazer oposição ao executivo. Como o actual executivo está habituado a que Lousada seja só deles e que eles são donos disto tudo dificultaram imenso a vida à Coligação Lousada Viva. Temos consciência que se calhar iremos enfrentar esse mesmo problema.

É difícil ser oposição em Lousada devido a este quero, posso e mando

É difícil ser oposição em Lousada?

É difícil ser oposição em Lousada devido a este quero, posso e mando. Este executivo que veio passando de geração em geração. Eles acham-se donos de Lousada, mas Lousada é de todos nós. O Bloco de Esquerda há algum tempo atrás tentou fazer vários eventos no concelho. Contactamos a câmara, informamos que precisávamos de um espaço público, e sempre fomos ignorados. Apesar da nossa insistência havia sempre incompatibilidades de datas e de horários. Quando cá trouxemos o deputado José Soeiro tivemos que arranjar alternativa e reunir num espaço privado porque a câmara não nos facilitou a vida.

A câmara não quer abrir portas, não está aberta à democracia. Está fechada no seu poder, no seu egoísmo de que Lousada vai continuar a ser meia dúzia de pessoas. Isto tem de acabar. Temos de combater isto, com todas as nossas forças. O Bloco de Esquerda, a Lousada Vida, a CDU. Temos de mostrar que o poder absoluto num só partido não é benéfico para Lousada.

 

Haver mais candidaturas pode ajudar a mudar esta realidade?

Pensamos que sim. Quanto mais oposição existir, menos poder o executivo terá. É isso que acho que é a democracia. Terão de dar lugar e saber ouvir. Neste momento não sabem aceitar a opinião da oposição.

 

Mesmo que não obtenha os resultados pretendidos o Bloco de Esquerda vai manter-se interventivo no concelho?

Vamos continuar a estar atentos a todas as atitudes e trabalhos realizados no concelho e sempre que entendermos que devemos chamar a atenção, com certeza que não hesitaremos em fazê-lo.