O candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Paredes quer adoptar um novo modelo de gestão no município. “Vamos mudar a forma como a câmara é gerida para ser mais sustentável e eficiente e focada nas pessoas e nos seus problemas”, disse Alexandre Almeida, esta terça-feira, num encontro com jornalistas.

Para isso, o actual vereador do PS diz que pretende que todos os investimentos sejam avaliados numa relação custo/benefício, sendo que o benefício para a população será o que mais vai pesar na decisão de avançar, ou não, com qualquer investimento. “Queremos evitar obras baseadas apenas em interesses políticos, essa análise custo/benefício agora não existe”, referiu o candidato.

O autarca pretende também avançar com um novo conceito de governança e responsabilidade partilhada, com uma relação de proximidade com as juntas de freguesia, que “devem ser pequenas câmaras”. Isso implicará transferir “efectivamente” competências, acompanhadas da respectiva verba financeira.

No relacionamento da câmara com as empresas, Alexandre Almeida promete uma postura activa de captação de emprego e de diplomacia económica, e ainda a adopção de uma fiscalidade competitiva, com o IMI e a derrama no mínimo e ainda isenções para as empresas nos primeiros anos de actividade.

Caso seja eleito, o socialista pretende também alargar algumas zonas industriais e criar uma nova zona industrial no sul do concelho, nomeadamente em Recarei, aproveitando os bons acessos à auto-estrada e à linha de comboio, com a criação de um entreposto de contentores.

O candidato diz-se preocupado com a falta de mão-de-obra especializada no concelho, nomeadamente nas indústrias de estofos e metalúrgicas, e quer mais parcerias com centros de formação que resolvam esses problemas.

Uma das prioridades será o equilíbrio financeiro da Câmara de Paredes. “A câmara tem que deixar de ser um mau pagador. Em 2015, demorava 162 dias a pagar, era o 15.º município com pior resultado no Anuário Financeiro”, realçou Alexandre Almeida. Um dos passos para resolver esta questão passará pela realização de mais obras por administração directa, como acontece com câmaras vizinhas, fazendo “mais obras por menos dinheiro”.