Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

63 enfermeiros do serviço de urgência, do Hospital de Penafiel, pediram escusa de responsabilidade, justificada pelas “incapacidade de prestar cuidados de saúde com a devida qualidade e segurança”, lê-se no documento.

Recorde-se que, recentemente, 31 enfermeiros, manifestaram-se junto à unidade, exigindo ser readmitidos no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, depois de terem sido dispensados, porque “o ministério das Finanças não aprovou a sua contratação”.

Foi ao abrigo do plano de contingência, tendo em conta a elevada procura de utentes durante todo o ano, que foram abertas instalações de retaguarda, onde os doentes permaneciam até terem vaga nos serviços de internamento. Ora, para dar resposta a este aumento das necessidades foram admitidos, em novembro, enfermeiros, com contratos de seis meses.

Em março, foi solicitada autorização para contratualizar estes profissionais. O hospital contratou-os, ao abrigo desse plano de contingência, mas sempre com a expetativa de que o Governo disponibilizasse verba para os poder contratar. “O Ministério da Saúde deu um aval positivo, mas o Ministério das Finanças mandou-os para o desemprego”, lamentou, na altura, ao Verdadeiro Olhar, Fátima Monteiro, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que dizia ainda que esta situação se iria “virar contra os profissionais”, que ficam sobrecarregados, “e aos utentes”, uma vez que põe em causa a qualidade dos cuidados de saúde.

Agora, os enfermeiros da unidade vem pedir escusa de responsabilidade, motivados pelo número insuficientes daqueles profissionais por cada turno.