Só desde segunda-feira, somam-se mais 246 casos confirmados de Covid-19 em Lousada e Paços de Ferreira.
Números do Agrupamento de Centros de Saúde Tâmega III – Vale do Sousa Norte, que agrega os concelhos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, a que o Verdadeiro Olhar teve acesso, mostram que o aumento nos últimos dias tem sido galopante.
Paços de Ferreira registou mais 162 casos nos últimos quatro dias. Os “piores” foram quarta e quinta-feira, com 48 e 71 novos infectados. Já Lousada teve mais 84 casos, sendo 54 nos últimos dois dias (24 e 30 diários, respectivamente).
Em ambos os concelhos o total de casos fica acima dos números divulgados pela Direcção-Geral da Saúde. Recorde-se que os dados da última segunda-feira davam nota de um crescimento de 70 infectados em Paços de Ferreira e de 64 em Lousada na última semana.
Nos três concelhos – Lousada, Paços de Ferreira e Felgueiras – já houve 27 óbitos devido à Covid-19 desde o início da pandemia. Os meses mais críticos em termos de mortes foram Março, Abril e Maio. Já o número de casos mensais, que teve um pico em Abril, parecia estabilizado mas cresceu exponencialmente em Setembro e Outubro.
O ACES tem mais de 780 doentes activos e 1300 em vigilância activa pelas autoridades de saúde, o que implica um acompanhamento em permanência e sobrecarrega os serviços de saúde. A percentagem de recuperados está acima da média do Norte e da média nacional e a taxa de letalidade abaixo da do país.
Os alertas sobre o crescimento do número de casos têm sido constantes nas últimas semanas. Ainda na segunda-feira, aquando da divulgação dos novos dados, o presidente da Câmara de Lousada, Pedro Machado, avisava sobre o aumento preocupante de casos no concelho, ligados sobretudo à juventude e convívios familiares. São “aumentos preocupantes, sendo que a tendência de agravamento durante este mês mantém-se alta”, dizia, apelando a que cada um faça a sua parte para ajudar a controlar a pandemia. “Os dados reflectidos na última semana reportam-se, novamente, a contactos informais entre amigos e ajuntamentos familiares”, salientava, reportando-se a dados da Autoridade de Saúde.
Esta escalada crescente de casos está a colocar mais pressão sobre os serviços de saúde da região.
