Durante os últimos dois dias cerca de 1.700 jovens invadiram Penafiel para o Dia Diocesano da Juventude do Porto.
Participaram em várias actividades pelas ruas da cidade, desde orações a cânticos, até uma Via Sacra. Este sábado participaram ainda numa eucaristia celebrada pelo Bispo do Porto, D. Manuel Linda, no Pavilhão de Feiras e Exposições de Penafiel.
Para os jovens, a oportunidade serviu para partilhar a fé com outros que seguem o mesmo caminho.
“Estamos contentes por ter cá milhares de jovens e dar a conhecer a nossa terra”
Jovens de toda a Diocese do Porto convergiram, esta sexta-feira e sábado, para Penafiel. “Estes encontros são importantes para conhecer outros grupos de jovens e partilhar”, defendeu Ana Diana Sousa, do grupo de jovens Renascer, de Paço de Sousa, satisfeita por ver Penafiel receber a iniciativa. O grupo, com cerca de 20 jovens, foi cantando pelas ruas, participou na oração Taizé e na Via Sacra. “Acho que, cada vez mais, os jovens têm tentado estar presentes e inovar. Ter o Dia Diocesano em Penafiel tem um gosto especial. Estamos contentes por ter cá milhares de jovens e dar a conhecer a nossa terra e a nossa paróquia”, testemunha a penafidelense de 26 anos.
No ano passado, foram 1.600 jovens a juntar-se em Oliveira de Azeméis. Foi a primeira vez que Bárbara Valente, de 19 anos, participou neste encontro. “Tive uma experiência diferente, participei na organização. Este ano é um ponto de vista diferente”, defende. Foi catequista e agora está num grupo de jovens, mantendo a ligação à Igreja. “A ligação dos jovens à religião tem vindo a melhorar. Os jovens de hoje em dia ainda têm fé e acreditam. Estes encontros servem para mostrar a fé, estarmos todos juntos, conhecer-nos, fazer novas amizades”, explica a jovem de Oliveira de Azeméis, contando que não conhecia Penafiel e teve a oportunidade de visitar várias igrejas e capelas da cidade durante as actividades.
Rita Gonçalves, de 25 anos, de Gulpilhares, Vila Nova de Gaia, veio com um grupo que também participa pela segunda vez nestes encontros. “Vendo isto aqui percebe-se que apesar das tecnologias a distrair os jovens ainda ligam à religião”, garante. Por isso, argumenta, é importante que a Igreja não se feche à juventude. “É importante que a Diocese se abra aos jovens e não os deixe fugir. Espero que haja mudanças. Que se pergunte aos jovens o que querem e podem dar”, apelou.
“Queremos que estes jovens aqui presentes possam ser evangelizadores”
No início da eucaristia, O Bispo do Porto reafirmou a importância da juventude. “Estamos aqui porque vós contais muito”, salientou D. Manuel Linda. O objectivo destes encontros, que se realizam há cerca de 20 anos, explicou, é “fazer a festa em nome da fé”. “Hoje celebramos em Penafiel e contamos entre 1.700 e 2.000 jovens”, adiantou. “Temos muitos jovens que não se interessam pela religião, mas a maioria interessa-se e queremos que estes jovens aqui presentes possam ser evangelizadores”, afirmou ainda o Bispo.
Entre os vários padres presentes, Francisco Pedrosa, pároco de Ancede, Ribadouro e Baião-Santa Leocádia, defende que estes dias servem para os jovens perceberem que não estão sozinhos. “Às vezes estão quase isolados nas paróquias e isto faz perceber que a fé não tem os limites da paróquia. Mesmo sendo poucos não estão sozinhos”, sustentou. Em Baião, haverá nos próximos dias uma actividade com uma espécie de caminho de Santiago que visa preparar os mais jovens para as Jornadas Mundiais da Juventude.
