A Rua de Santo António vai receber no próximo sábado a terceira edição da Festa dos Vizinhos.

A partir das 19h00, a confraternização entre vizinhos, amigos e familiares vai ser a rainha da festa que vai encher as mesas colocadas ao longo de toda a rua, fechada ao trânsito, em mais de 600 metros de distância.

A junta da União de Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga irá proporcionar toda a parte logística desde os enfeites e iluminação à colocação de mesas e depois a ideia é que as pessoas tragam o jantar, as toalhas, os talheres, os tachos, as panelas e os assadores.

A noite vai ter também animação musical, teatro de rua, bombos e palhaços para as crianças, em cinco locais. “É pedido aos animadores que, no fundo, puxem pelas pessoas no sentido de dançar, cantar e interagir. É uma festa que parte de baixo para cima, ou seja, parte das pessoas, sendo elas a quem se propõe que faça a própria festa”, refere Fausto Oliveira, presidente da Junta.

No primeiro ano, estiveram presentes cerca de 300 pessoas; no ano passado, ultrapassaram as mil e, este ano, contam chegar perto das 1500. “A festa tem atraído cada vez mais pessoas, depois inscrevem-se em grupos, são elas que se reorganizam entre os seus próprios vizinhos para estarem juntas e agora acaba também por extravasar a rua e o próprio centro de Lousada com muita gente das freguesias”, indica o presidente, referindo que nesta edição foi estabelecido, um protocolo de colaboração com a Câmara Municipal de Lousada, no sentido de também apoiar o evento e fazendo com que mais gente adira.

“Há pelo menos, quatro ou cinco casos de pessoas que residiram na Rua de Santo António e que, por vários motivos, foram viver para outros locais e agora estão a regressar à terra e, com esta tradição, retomam a centralidade da rua e reencontram os familiares, amigos e vizinhos de outrora”, continua.

“A ideia é que nestes espaços, onde vai haver música e animação, proporcionem esse convívio e esse inter-conhecimento entre vizinhos, familiares e amigos e se crie uma dinâmica de partilha, solidariedade entre todos que, no fundo, vivem no mesmo prédio e na mesma rua”, conclui.

A inspiração veio de França, que já realiza esta festa “há cerca de 20 anos”, mas geralmente, no final de Maio. “Tendo em conta que nessa altura temos as procissões e que esta festa acontece na Rua de Santo António, achámos por bem realizá-la sempre à volta do Dia de Santo António”, revela.