A partir de segunda-feira, a população de Valongo tem à disposição mais de 170 talhões de terrenos para que famílias, escolas e associações locais possam cultivar e consumir produtos hortícolas biológicos, num investimento municipal que ronda os 150 mil euros.

Este é um projecto da Câmara Municipal de Valongo e a REN, Redes Energéticas Nacionais, está localizado em Palmilheira, Ermesinde, mais concretamente na Avenida Eng. Duarte Pacheco.

A inauguração do espaço está agendada para segunda-feira, às 12h00.

De realçar que 15 dos terrenos são destinados a pessoas com mobilidade reduzida, num conjunto de 11 mil metros quadrados cedidos pela REN. A requalificação ficou a cargo da autarquia de Valongo.

E projecto está direccionado para a “promoção da sustentabilidade ambiental, o fortalecimento da inclusão social e o apoio às comunidades locais”, frisou a Câmara, em comunicado.  

Além dos 172 talhões e seis abrigos para as ferramentas agrícolas, o espaço inclui quatro pequenas passagens pedonais sobre a linha de água que atravessa o terreno, um charco para promoção da biodiversidade, casas ninhos, hotel de insetos, sebes e plantas aromáticas, elementos decorativos e mobiliário urbano visando os princípios da economia circular e a promoção da natureza e de agricultura urbana.  

Esta iniciativa insere-se também no Projeto Horta à Porta – Hortas Biológicas da Região do Porto, da Lipor, o Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, que promove a construção de hortas comunitárias em oito municípios do Grande Porto como Valongo, Espinho, Gondomar, Porto, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia e Matosinhos).

 O município congratula-se pelo facto de a comunidade poder, a partir de agora, “praticar agricultura urbana, fazer a compostagem dos resíduos biodegradáveis, colher e a consumir produtos hortícolas biológicos e usufruir de todos os benefícios da vida ao ar livre”.

De salientar que, desde que Valongo abriu a Horta Biológica da Ponte da Presa, em 2014, a autarquia tem vindo a “apostar neste tipo de infra-estruturas verdes, pelos seus evidentes benefícios para a comunidade, inclusive para a promoção da saúde física e mental”, destacou a autarquia, citando o presidente da Câmara Municipal local, porque são projetos como este que “garantem o futuro do planeta”, frisou.

Também João Conceição, administrador executivo da REN, enfatizou esta união de esforços entre a empresa e o município, de forma a “proporcionar um espaço às comunidades locais que promova a sustentabilidade em Ermesinde, tanto na dimensão social como na dimensão ambiental”.