Edifício onde vai nascer o museu. Imagem: Google Maps

A Câmara Municipal de Paredes quer criar um Museu Arqueológico e Etnográfico no concelho. Já existe um estudo prévio e a meta é avançar com o projecto no próximo ano. O valor do investimento ainda não está fechado.

Este museu ficará instalado em Aguiar de Sousa, estando prevista a reabilitação de um edifício onde estava instalado o “Café Ómega”, lê-se no estudo a que o Verdadeiro Olhar teve acesso.

O espaço “quer ser um elogio às tradições e aos ofícios do sul do concelho, especialmente àquelas relacionadas com a transformação do lugar de habitar, desde a sua origem à sua fixação, com a arte de cultivar e de edificar”, refere o documento. Tem como objectivos “proteger e valorizar o património cultural, material e imaterial de Paredes, promover o acesso à cultura, diversificar públicos, recolher dados, estudar e partilhar informação”.

Edifício onde vai nascer o museu. Imagem: Google Maps

O edifício em causa, que será totalmente reabilitado, fica à face da EN319-2, e próximo do Castelo de Aguiar de Sousa, Moinho de Aguiar de Sousa, Parque Natural da Senhora do Salto, Mamoa de Brandião e Aldeia de Castromil, numa zona de minas de exploração de ouro em tempo Romano, junto ao Parque das Serras do Porto, destacam os responsáveis pelo projecto.

Este museu contará com diferentes zonas de exposição, permanente e temporária, e espaços para actividades lúdicas e educativas. O piso -1 será dedicado ao estudo e investigação, conservação e tratamento de dados e inventariação. Terá espaços para os funcionários e instalações sanitárias, uma área de trabalho, sala para fotografia, gabinete para o director, arquivo e zona de arrumos. O rés-do-chão, à face da estrada, é o piso dedicado à recepção, educação, interpretação e exposição temporária, tendo um gabinete de atendimento ao público e instalações sanitárias. As exposições temporárias poderão abordar temas “como histórias e lendas populares da região; a história de Aguiar de Sousa; a evolução do espaço de habitar, desde as origens quando o homem era nómada, ao homem que providenciou abrigo e cultivou a terra, à influência da romanização no território; a tradição da colheita do milho e da desfolhada; a relação do espaço doméstico com a via pública; a peregrinação a Santiago de Compostela”, com vista a dar a conhecer a arqueologia e etnografia do concelho.

Já o primeiro piso albergará a exposição permanente em diferentes espaços.