90% dos funcionários da cantina do Hospital Padre Américo, em Penafiel, estiveram hoje em greve. Os trabalhadores da Eurest, empresa que explora o espaço, pedem aumentos salariais e o pagamento correcto do trabalho prestado em dia feriado e do subsídio de alimentação nas férias. A maioria são trabalhadores em situação precária, explica o presidente da direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, Francisco Figueiredo, que acompanhou o protesto.

 

Dos 52 trabalhadores, 29 são precários

Dos 52 trabalhadores da Eurest que laboram na cantina do hospital em Penafiel, só quatro se mantiveram a trabalhar durante o dia, garantindo os serviços mínimos.

Os funcionários estiveram em protesto, ao início da manhã, em frente à entrada principal do Hospital Padre Américo.

Segundo Francisco Figueiredo, os trabalhadores manifestaram-se por “aumentos salariais justos, pelo respeito pelas categorias profissionais, contra a precariedade, em defesa dos direitos e pela negociação do contrato colectivo de trabalho”.

O dirigente salienta que a Eurest não dá aumentos salariais há seis anos, o que é “inaceitável”. Além disso, não está a pagar os dias feriados como prevê o contrato colectivo de trabalho. “Está a pagar cerca de 25 euros, metade do que os trabalhadores deviam receber”, refere.

Os funcionários pedem ainda uma classificação que vá de encontro às funções que exercem, já que estão a ser prejudicados em termos de progressão de carreira e a nível salarial. Por outro lado, avança Francisco Figueiredo, a empresa também não paga o subsídio de alimentação nas férias, como estabelecido no contrato colectivo de trabalho. “Há falta de pessoal na cantina, os ritmos de trabalho são muito intensos e põem em causa, de forma grave, a saúde e segurança dos trabalhadores”, lamenta ainda o dirigente sindical.

O presidente da direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte salienta ainda que dos 52 trabalhadores da empresa que trabalham no serviço de refeições do hospital, 29 são precários, contratados através de empresas de trabalho temporário.

O VERDADEIRO OLHAR contactou a empresa Eurest que não quis prestar declarações sobre o tema.