Dados/Infografia: INE

A região do Tâmega e Sousa está nos últimos lugares do “campeonato” do desenvolvimento regional. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos a 2015, mantém-se como a quarta região com índice mais baixo, superando apenas as regiões do Douro, Região Autónoma dos Açores e Alto Tâmega.

Este índice sintético de desenvolvimento regional mostra o desempenho de cada uma das 25 regiões do país tendo por base três componentes: competitividade, coesão e qualidade ambiental.

O Tâmega e Sousa fica abaixo da média nacional em todas elas. O pior desempenho é no índice de coesão, que avalia o grau de acesso da população a equipamentos e serviços colectivos básicos, em que a região, que inclui 11 municípios, fica apenas à frente das regiões da Madeira e Açores.

 

Tem o terceiro pior índice de coesão

Em 2015, apenas cinco das 25 regiões (NUT III) portuguesas superavam a média nacional em termos de desenvolvimento regional global, mostram os resultados do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional divulgados, este mês, pelo INE. Eram elas as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, o Alto Minho, a Região de Aveiro e a Região de Leiria.

No extremo oposto, com os piores indicadores, estavam o Alto Tâmega, a região autónoma dos Açores, o Douro e o Tâmega e Sousa.

Mas não é só neste índice global que a região fica abaixo da média nacional. Juntamente com as NUTS III do Alto Tâmega, Ave, Viseu Dão-Lafões, Oeste, Lezíria do Tejo e Algarve, o Tâmega e Sousa tem um desempenho abaixo da média também nos indicadores relativos à competitividade, coesão e qualidade ambiental.

Dados/Infografia: INE

No que toca ao índice de competitividade, que avalia o potencial de cada região em termos de recursos humanos e infra-estruturas físicas, o grau de eficiência dos perfis educacional, profissional, empresarial e produtivo e ainda a eficácia na produção de riqueza e a capacidade do tecido empresarial de competir no contexto internacional, continuam a ser as regiões do litoral as que alcançam melhores resultados. A Área Metropolitana de Lisboa lidera o ranking, seguida da Região de Aveiro, da Área Metropolitana do Porto e do Alentejo Litoral, regiões que ficam acima da média nacional. O Tâmega e Sousa está a meio da tabela, ocupando a 13.ª posição.

Dados/Infografia: INE

Também na qualidade ambiental, indicador que avalia a implementação de políticas públicas e as pressões exercidas pelas actividades económicas e as práticas sociais sobre o meio ambiente, o Tâmega e Sousa surge próximo de atingir a média nacional, acima, por exemplo, da Área Metropolitana do Porto e das regiões de Coimbra e Aveiro.

Dados/Infografia: INE

Os piores resultados são no índice de coesão. Este indicador, que procura reflectir o grau de acesso da população a equipamentos e serviços colectivos básicos de qualidade, assim como avaliar a eficácia das políticas públicas que se traduzem no aumento da qualidade de vida e na redução das disparidades territoriais, coloca o Tâmega e Sousa entre as regiões com o índice de coesão mais baixo, nos três últimos lugares do ranking, longe da média nacional e apenas acima das regiões autónomas da Madeira e Açores.