A Câmara de Paredes aprovou, ontem, em reunião de executivo, o lançamento da obra para construção de um empreendimento para realojar a comunidade cigana.

A meta é lançar o concurso público na próxima semana. Entre os procedimentos administrativos e o visto do Tribunal de Contas, o presidente da autarquia espera que a obra esteja no terreno em Novembro deste ano. O prazo de execução é de cerca de ano e meio, pelo que o realojamento da comunidade, que vive em condições indignas no centro da cidade de Paredes há mais de duas décadas, só acontecerá em 2024.

Trata-se de uma empreitada de mais de três milhões de euros que será apoiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência. Está prevista a construção de 26 fogos, de tipologia T2 e T3, para realojar cerca de 100 pessoas.  

“Vai ser lançado o procedimento já na próxima semana, sendo esta a primeira obra da nossa estratégia de habitação local de Paredes. Logo a seguir ao terreno onde vai ser feita esta intervenção, existe um outro terreno a ser projectado para mais habitações sociais e a custos controlados e já foi aprovada a candidatura para a requalificação do bairro camarário em Cristelo”, informou Alexandre Almeida aos jornalistas. Estão ainda a ser projectadas mais habitações sociais e a custos controlados em Vandoma, acrescentou, sendo que a intervenção em Cristelo pode avançar também ainda este ano, aproveitando fundos do PRR.

O PSD absteve-se na votação, não por não concordar com a necessidade do realojamento, mas por defender que por este valor podiam ser construídas mais habitações sociais. O presidente da Câmara realçou que cada uma destas habitações vai custar pouco mais de 100 mil euros.

Recorde-se que a construção destas habitações devia ter arrancado já em 2021.