Realizou-se, esta segunda-feira, na Assembleia Lousadense, um debate organizado pelo PSD de Lousada sobre o Plano de Pormenor da Praça do Românico.

O partido diz que foram muitos os que quiseram participar na discussão e que as principais questões se prendem com a falta de estacionamento naquele local e os possíveis transtornos que a central de camionagem pode trazer.

Nota de imprensa do PSD, lembra que a própria praça, a habitação e novos espaços comerciais previstos são suficientes para esgotar o estacionamento previsto. “Imagine-se, agora, em dias de espectáculo. Será o caos”, afirmou uma das intervenientes no debate citada pelo partido.

“A preocupação com o número de lugares de estacionamento, foi, aliás, consensual e levou alguns dos participantes a questionarem o arquitecto Henrique Marques, do gabinete responsável pelo projecto, sobre a possibilidade de construção de um piso subterrâneo para estacionamento. O arquitecto confirmou a viabilidade de um projecto dessa natureza, que acarreta, no entanto, um maior esforço financeiro”, diz nota de imprensa.

O facto de todo o trânsito confluir para a Praça das Pocinhas também gera preocupação. Uma das ideias defendidas terá sido a de unir a Praça das Pocinhas à Praça do Românico, suprimindo a rua que as separa.

“Fortemente contestada foi a criação de uma central de camionagem mesmo ao lado do Centro Interpretativo da Rota do Românico. Para muitos lousadenses, este espaço não terá as condições para funcionar como uma plataforma intermodal (que, de facto, falta em Lousada) e será ruído visual no local, constituindo também um incómodo para os moradores, que serão perturbados pelo ruído diário dos autocarros que ali pararão muito cedo”, sustenta o PSD, lembrando que o Plano Director Municipal previa a construção próximo da rotunda do Hospital.

O PSD questiona ainda que eventos poderá a nave criada na Praça receber. “O arquitecto responsável pelo projeto esclareceu que não será uma sala de espetáculos com a climatização e o conforto de um Pavilhão Atlântico” e que estão pensados “alguns ‘truques’ para dotar o espaço de condições acústicas, que nunca serão excelentes”, referem em comunicado.