Foto: Câmara de Penafiel

As casas em Portugal ficaram mais caras no segundo trimestre de 2021, com o preço mediano do metro quadrado a subir para os 1268 euros (+6,8% que no mesmo trimestre de 2020).

Os dados publicados, hoje, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na nova edição das Estatísticas de Preços da Habitação, revelam que Lisboa continua a ser a cidade mais cara para comprar casa: 3.497 euros o metro quadrado.

“No 2.º trimestre de 2021, o preço mediano de alojamentos familiares transaccionados em Portugal foi 1268 €/m2. Este valor representa um crescimento de 2,2% face ao 1.º trimestre de 2021 e de 6,8% relativamente ao 2.º trimestre de 2020. O aumento da taxa de variação homóloga entre o 1.º trimestre de 2021 e o 2.º trimestre de 2021, de 3,1% para 6,8%, evidencia uma aceleração dos preços da habitação, interrompendo a desaceleração verificada no último trimestre”, resume o INE.

As quatro sub-regiões com os preços mais elevados do país foram o Algarve (1875 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (1757 €/m2), Região Autónoma da Madeira (1460 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (1333 €/m2).

Olhando à região, genericamente, houve aumento no preço das casas. A excepção é Lousada, que, em relação ao mesmo trimestre de 2020, viu o preço por metro quadrado baixar.

Assim, no 2.º trimestre de 2020, o preço mediano de alojamentos familiares transaccionados era de 742 €/m2 em Lousada, passando para 724 €/m2 no mesmo trimestre deste ano, são menos 18 euros (-2,4%).

Em Paços de Ferreira houve subida, de 48 euros, 6,7%, passando de 718 €/m2 para 766 €/m2. Em Paredes, Penafiel e Valongo os aumentos foram superiores e acima da média nacional.

Paredes, onde o custo era, no 2.º trimestre de 2020, de 790 €/m2, registou uma subida para os 858 €/m2 (mais 68 euros, +8,6%).

Em Penafiel a diferença é de 113 euros em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, num crescimento de 15,3%. O preço mediano passou de 740 €/m2 para os 853 €/m2. É o concelho com o preço das casas mais caro do Tâmega e Sousa, a par de Amarante (765 €/m2) e Paços de Ferreira, todos acima da média da região que é de 740 €/m2. O concelho do Tâmega e Sousa mais barato é Resende (476 €/m2).

Por último, Valongo, viu o custo aumentar 150 euros (+15%), subindo dos 1017 euros no segundo trimestre de 2020 para os 1167 euros no 2.º trimestre de 2021.

Na Área Metropolitana do Porto (AMP), Paredes surge entre os concelhos com preços mais acessíveis, sendo o mais barato Arouca (700 €/m2) e o mais caro o Porto (2244 €/m2). Valongo está entre os mais caros, mas ainda assim abaixo da média nacional e da AMP.

Comparando os dados actuais com os do 2.º trimestre de 2016 percebe-se que, nos últimos cinco anos, dispararam os preços nestes concelhos.

A maior subida é a de Valongo, cujo preço mediano era de 653 €/m2 em 2016, uma diferença de +79% em relação à realidade actual. Em Paredes o crescimento foi de 45%, em Lousada de 39%, em Penafiel de 35% e, em Paços de Ferreira, de 29% (ver tabela).  

O INE refere que os valores publicados referem-se à mediana (valor que separa em duas partes iguais o conjunto ordenado de preços por metro quadrado) dos preços de alojamentos familiares (€/m2) transaccionados.

As ‘Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local’ têm periodicidade trimestral e o seu âmbito geográfico é o país.