O presidente da União de Freguesias de Lustosa e Barrosas Santo Estêvão, Armando da Costa e Silva voltou a alertar a Câmara de Lousada, na última Assembleia Municipal, que decorreu na sexta-feira, para a existência de vários cães vadios que circulam em determinados lugares da freguesia e que estão a gerar o sentimento de insegurança junto da comunidade.

O alerta já tinha sido deixado pelo autarca numa das últimas assembleias municipais, tendo Armando da Costa e Silva trazido novamente o assunto ao plenário e insistindo na necessidade do executivo municipal tomar diligências no sentido de garantir a segurança das pessoas e captar os animais.

O autarca revelou que a situação já se verifica há algum tempo e que, além do sentimento de insegurança, a existência estes animais vadios poderá levantar problemas de saúde pública.

Na sua intervenção, o autarca avançou, também, ter conhecimento de relatos de ataques de canídeos a algumas pessoas que acabaram por receber tratamento hospitalar.

O presidente da Câmara de Lousada, Pedro Machado, reconheceu que este é um problema grave, recorrente, uma vez que é a segunda vez que o autarca de Lustosa e Barrosas Santo Estevão trouxe o assunto a debate, mas cujo desfecho final é de difícil resolução uma vez que há cada vez mais animais abandonados e a nova lei proíbe o abate de animais.

“Como é do conhecimento público, a nova lei proíbe o abate dos animais nos canis municipais”, disse, salientando que só em casos excepcionais, por motivos de “saúde ou comportamento”, esse abate é permitido.

O chefe do executivo esclareceu que o canil municipal tem a capacidade máxima lotada, pelo que sustentou que a minimização destas situações terá de passar por outro tipo de abordagens.

“Aquilo que peço é que as pessoas sempre que sejam confrontadas com este tipo de abordagens, ou tenham conhecimento da existência de animais errantes que coloquem em causa a saúde pública e a insegurança das comunidades, que liguem para os nossos serviços que seja possível sinalizá-los e se proceda à sua captura”, frisou, acrescentando que há cada vez mais animais na rua e nem todas as pessoas estão disponíveis para adoptar um animal.

Pedro Machado realçou, ainda, que o seu executivo tem promovido uma política que potencia a adopção dos animais, implementando campanhas de sensibilização.

Refira-se que a lei que proíbe o abate de animais aprovou um conjunto de medidas para a criação de uma rede de centros de recolha oficial de animais e para a modernização dos serviços municipais de veterinária e estabeleceu a proibição do abate de animais errantes como forma de controlo da população, privilegiando a esterilização. A mesma lei atribuiu aos organismos da administração central do Estado, responsáveis pela protecção, bem-estar e sanidade animal, em colaboração com as autarquias locais, o movimento associativo e as organizações não-governamentais de ambiente e de protecção animal, promovem campanhas de esterilização de animais errantes e de adopção de animais abandonados.

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