Plano Municipal de Esterilização para animais de companhia e abandonados venceu OPJ de Lousada

Reuniu 318 votos e a Câmara disponibilizará 30 mil euros para que seja implementado

0

O projecto vencedor da edição deste ano do Orçamento Participativo Jovem (OPJ) de Lousada é o Plano Municipal de Esterilização para animais de companhia e abandonados, que tem como promotora Iolanda Pinheiro.

A ideia recolheu 318 votos, que correspondem a mais de 40% de votação.

Orçada em 30 mil euros, o valor máximo atribuído pela Câmara de Lousada no OPJ, a ideia parte do problema causado pelo aumento do abandono animal e da implementação da lei que proíbe o abate de animais como medida de controlo da população. “Com o aumento dos animais abandonados, aumentam também as doenças entre eles, doenças transmissíveis para os humanos, e formação de matilhas que colocam em risco a segurança pública e o bem-estar da população. Para não falar do esforço de todas as associações no ramo, que se torna incomportável, devido ao rácio entre os que nascem os que são adoptados/abatidos”, explica a promotora na proposta apresentada.

A meta de Iolanda Pinheiro é que este projecto seja transposto para o nível nacional, mas que começa a nível local.

O projecto assenta em três princípios, descreve: educar e sensibilizar a população para os benefícios da esterilização dos seus animais de estimação; fazer um registo e levantamento da população animal em Portugal (neste caso em Lousada), e as suas necessidades; sensibilizando para a importância do não abandono animal e para soluções para cuidado dos animais para o Verão ou férias da população ( período crítico de abandono); assim como o resgate, esterilização e vacinação dos animais abandonados, de modo a evitar a sua reprodução e prevenir perigos para população; procurando incentivar a adopção em conjunto com associações.

“Em virtude da nova lei que proíbe o abate dos animais mas que não soluciona os problemas existentes de abandono e controlo sanitário, vê-se assim a população conjuntamente com a autarquia obrigada a tomar medidas que resolvam a situação”, acredita a promotora da ideia vencedora.