Uma idosa com cerca de 80 anos morreu, ontem à noite, enquanto esperava atendimento nas urgências do Hospital Padre Américo, em Penafiel, mas, e segundo a unidade, “as ações tomadas teriam sido as mesmas em circunstâncias diferentes”.

O hospital relata ainda que, a doente “deu entrada no Serviço de Urgência Médico Cirúrgica do CHTS às 19h16 e foi submetida a triagem três minutos depois, tendo-lhe sido atribuída uma pulseira laranja”. O óbito foi registado “após avaliação clínica”, realizada pelas 20h06.

“Tratava-se de uma doente em fim de vida e sem critérios clínicos para qualquer manobra invasiva de reanimação”.

É certo que, neste momento, o serviço se encontra “sob enorme pressão” e “tais circunstâncias dificultam muito o funcionamento do serviço, não só pela sobrecarga de trabalho, mas pelas limitações de espaço que condicionam o normal funcionamento”, diz a unidade.

A situação é caótica porque o hospital não tem capacidade com este pico de pandemia de gripe”, já disse à agência Lusa Miguel Vasconcelos, presidente do Conselho Diretivo Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros que confirmou que, entretanto, que na terça-feira, cerca das 20h00, morreu uma idosa com pulseira laranja que aguardava há cerca de uma hora, numa maca dos bombeiros, para ser observada pela equipa clínica daquele hospital.

Nesta fase, o hospital Padre Américo ativou o plano de contingência, com reforço das equipas de profissionais de saúde, mas o problema maior neste momento, acentuou, é a falta de capacidade física das instalações para atender e internar os doentes.