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Sonhou ser professora de educação física. A vida trocou-lhe as voltas mas não a afastou do gosto pelo desporto. Foi praticando várias modalidades até que, há dois anos, resolveu experimentar o trail.

Paula Barbosa, que competiu este ano, pela primeira vez, no Campeonato Nacional de Trail, é já vice-campeã nacional feminina e campeã nacional de seniores. Foi também a primeira mulher a cortar a meta do Grande Trail Serra D’Arga.

No próximo ano, quer aumentar o grau de dificuldade e competir no campeonato de Trail Ultra.

Paula Barbosa

“O Trail é amizade, é desfrutar da natureza, é liberdade”

Paula Barbosa tem 39 anos e é de Paço de Sousa. O marido era praticante de trail e ela acompanhava-o nas provas, até que resolveu experimentar, há cerca de dois anos.

“Comecei a correr e fui ganhando umas provas regionais. Aconselharam-me a competir a sério”, conta. E foi o que fez no final de 2015. Entrou no Campeonato Nacional de Trail pela equipa da Oral Klass – Amigos do Trail de Valongo.

Nesta altura, apesar de ainda faltar uma prova para terminar o campeonato, é já vice-campeã nacional (na geral feminina) e campeã nacional de seniores, adianta. Cumprido um dos grandes objectivos do ano, lançou-se ao outro: participar numa prova de ultra trail e testar a sua resistência. Entrou nos 53 quilómetros do Grande Trail Serra D’Arga e foi a primeira mulher a cortar a meta.

Paula Barbosa pretende ainda participar numa última prova de trail este ano, para “se despedir dos amigos”. “O Trail é isso mesmo, é amizade, é desfrutar da natureza, é liberdade”, refere a penafidelense.

“O dia ideal é aquele em que se pode calçar as sapatilhas e ir correr para um sítio verde”, defende a atleta, dizendo que dá valor a coisas que antes não dava.

No próximo ano, Paula Barbosa quer abraçar provas de maior esforço e resistência. Vai inscrever-se no Campeonato Nacional de Trail Ultra, com provas entre os 42 e os 69 quilómetros. “Gosto de provas mais longas”, diz.

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A quem ainda não descobriu o mundo do trail, a penafidelense, que dedica pelo menos uma hora do seu dia ao treino, aconselha a prática da modalidade, que ainda proporciona a oportunidade de conhecer vários pontos do país.

“A minha vida antes do trail não era tão rica”, explica. Hoje em dia, faz de tudo para conciliar o trabalho no Hospital Padre Américo com o tempo para os dois filhos e ainda os treinos. “Se for preciso levanto-me às cinco da manhã”, garante.