A delegação da Cruz Vermelha de Sobreira, em Paredes, assinalou 20 anos de existência, mas, e ao longo desta caminhada, “mais importante do que a frota ou os equipamentos, têm sido as pessoas, as relações humanas”. A afirmação é de Alberta Rodrigues que acompanha esta instituição desde o primeiro dia, assumindo a presidência desde 2016.

Se esta delegação conseguiu chegar até hoje, só foi possível com o apoio de “muitas pessoas” que passaram por esta estrutura ao longo destas duas décadas, como “direcções, funcionários, voluntários, parceiros, população em geral”, entre outros que, lograram fazê-la “desenvolver e crescer”, fez questão de sublinhar a dirigente.

Uma das bandeiras desta estrutura é o facto de dar apoio, com um cabaz mensal, a “250 pessoas”, mais concretamente, a “46 famílias, onde se incluem 40 crianças”. Alberta Rodrigues lembra que a recolha de alimentos passou por uma fase complicada, devido à pandemia, mas, agora, está normalizada. Ainda assim, não deixa de sublinhar que este número tem tendência a aumentar, devido aos constrangimentos financeiros que as pessoas começam a ter.

Neste momento, a Cruz Vermelha de Sobreira tem “60 voluntários e 12 colaboradores” e a sua frota inclui dez viaturas de emergência pré-hospitalar, transporte de doentes não urgentes e clínico, enumerou. Tem havido uma preocupação de “renovação destas viaturas”, de forma a servir melhor a população.

A salientar está o facto de a juventude ser uma das apostas deste organismo, sendo que depois desenvolvem vertentes, quer ao nível da sensibilização contra a violência no namoro, tráfico de seres humanos, entre outras matérias.

Alberta Rodrigues contou ao Verdadeiro Olhar que esta tem sido uma caminhada “gratificante” ao assistir ao crescimento, a partir do zero, desta organização que passou por um conjunto de dificuldades”, mas, e apesar das vicissitudes, temos uma bagagem carregada de conhecimentos.

Foto: DR

Apesar de temer o futuro, porque desconhece o que poderá acontecer, o voluntariado é uma das suas grandes preocupações, porque “é cada vez mais difícil conseguir ajudas espontâneas”. As pessoas “precisam de trabalhar cada vez mais e não conseguem disponibilizar parte do seu tempo para este tipo de causas”. Também a nível financeiro “é tudo uma incógnita, está tudo mais caro e angariar receitas torna-se difícil”. Apesar destas condicionantes, Alberta Rodrigues não esmorece nem perde a esperança no futuro e garante que a Cruz Vermelha vai fazer “sempre mais e melhor”.

O aniversário foi comemorado com uma cerimónia de juramento de compromisso de honra dos novos membros activos, que decorreu Alameda de S. Pedro, naquela freguesia. Também foram entregues condecorações a elementos da Cruz Vermelha pelo comportamento exemplar ao serviço da instituição, entre outras actividades.