Rola, Canavarro e Pimenta, que jogaram entre as décadas de 50 e 70, e António Mota, outrora dirigente, estão agora eternizados em placas colocadas num mural no estádio do Futebol Clube de Paços de Ferreira.

Assim, e depois do tributo prestado a Vítor Oliveira em 2022, o treinador associado a duas subidas dos pacenses à I Liga, a direção do clube decidiu transformar a lateral da torre da bancada central norte num mural de homenagem a figuras proeminentes da história dos castores.

Desta forma, “a cada ano e por altura do aniversário, serão destacadas algumas individualidades que tanto contribuíram para o sucesso do FC Paços de Ferreira”, avança o clube.

O mural pacense foi apresentado no âmbito nas comemorações do 73º aniversário do clube e pretende “eternizar” quatro figuras que, “já não estando entre nós fisicamente, continuam bem presentes na memória dos adeptos”.

A cerimónia reuniu familiares e amigos dos homenageados, assim como o presidente do clube, Paulo Meneses, entre outros convidados.

Recorde-se que, Ludovino Rola, adoptado pela massa associativa como “filho da terra”, apelidado de “patrão da equipa” e caracterizado nas crónicas da época como “o jogador perfeito”, estreou-se com a camisola do FC Paços de Ferreira a 2 de Outubro de 1955, tinha 22 anos. Deixou o seu especial contributo em duas subidas e terminou a sua carreira após 15 anos, em 1970, com a orientação da equipa.

Já Canavarro, era considerado o “melhor avançado que algum dia vestiu a camisola do clube”. Chegou ao Paços em 1968, ainda um jovem desconhecido, quando a formação tinha subido à primeira divisão regional e a expectativa para a época era grande. No primeiro jogo, Canavarro tirou todas as dúvidas que pudessem existir em relação à sua qualidade e resolveu a partida, assim como muitos outros jogos. Com Pimenta e Mascarenhas formou uma das mais memoráveis frentes de ataque do FC Paços de Ferreira, e o seu nome está ligado a alguns dos maiores feitos do clube. Foi campeão da I Divisão Regional e da III Divisão Nacional.

Pimenta estreou-se a 16 de Outubro de 1966 com a camisola do FC Paços de Ferreira. Um cronista da época definiu-o como “um moço forte, voluntarioso e que pratica bom futebol”. As suas qualidades não deixavam margem para enganos e e era uma verdadeira força da natureza. No seu palmarés incluem-se campeão da II e I divisões regionais e da III nacional. Ao longo da sua carreira, “sempre foi fiel ao seu Paços, e mesmo quando a ligação clube-atleta terminou, não aceitou nenhum dos vários convites que lhe surgiram para jogar noutras paragens”.

António Mota foi dirigente do clube ao longo de várias décadas, dedicando-se ao emblema pacense com “seriedade e notável entrega, com o único propósito de o ver crescer e tornar-se melhor”. Um espírito de união não deixava ninguém indiferente, assim como os pratos de rojões com que brindava o plantel a cada dez pontos conquistados, refere o clube, na sua página.