A Câmara Municipal de Valongo viu hoje chumbado o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2016. A proposta de orçamento, com uma dotação de 31,9 milhões de euros, mereceu cinco votos contra, dos vereadores do PSD e da CDU. Nova proposta deverá ser apresentada na próxima semana, adiantou o presidente da autarquia. “Não posso abdicar de ter um orçamento”, disse.

No início da discussão, José Manuel Ribeiro, presidente da autarquia, explicou que no Orçamento para 2016, este ano com uma dotação de 31,9 milhões de euros, são mantidos os pilares da modernização da máquina administrativa, bem como da Acção Social, Educação e Desporto. O autarca sublinhou ainda a manutenção da aposta na projecção do município através das suas marcas identitárias. O autarca afirmou ainda que da auscultação dos vereadores e das juntas de freguesia resultou a abertura de uma rubrica de mil euros para a realização de obras no Complexo Desportivo dos Montes da Costa e da inscrição de verbas para obras em diversas ruas do concelho.

João Paulo Baltazar, vereador do PSD, reconhecendo ao PS “a legitimidade de governação” realçou que “deve haver uma aposta forte nas áreas da juventude e da população sénior”, acrescentando que os vereadores apresentaram ao executivo com antecedência as questões que deveriam constar do Orçamento, em coerência com o pensamento que tem vindo a ser defendido pelo PSD. Dessas faziam parte a existência de uma rubrica que reforce o apoio às IPSS, no valor de 100 mil euros, como, disse João Paulo Baltazar, ficara comprometido quando foi retirado a algumas instituições o contrato de fornecimento de refeições escolares. A segunda questão relacionava-se com os contratos de apoio desportivo às colectividades que fazem formação às camadas jovens, devendo ficar em Orçamento a garantia de que não haverá uma redução do investimento per capita.

Depois de uma longa discussão em torno da proposta e da sugestão por parte do PSD para a retirada do documento por forma a incluir duas condições dos sociais democratas, sob pena de não viabilizar o documento, José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo, decidiu manter a proposta. O documento foi assim chumbado pelos vereadores da oposição.

A CDU, numa declaração de voto, defende que o nível de investimentos continua no mínimo histórico, não havendo nenhum sinal de vontade deste executivo para a reversão das concessões feitas. A proposta de Orçamento, diz a CDU, “representa mais do mesmo do que tem sido feito, com tantos resultados negativos”.

No final da reunião, o presidente da câmara frisou aos jornalistas que vai “voltar à carga com uma nova proposta na próxima semana. Não posso abdicar de ter um orçamento”.