Arrancou hoje o início da transformação do antigo edifício da Adega Cooperativa de Paredes em Auditório Municipal e Centro de Congressos de Paredes. A obra está orçada em 6,2 milhões de euros (mais IVA) e será comparticipada em cerca de quatro milhões de euros por fundos comunitários.

A meta é que se assuma como um novo pólo de atracção cultural na região. Num momento simbólico de lançamento da obra, o presidente da Câmara de Paredes considerou este um equipamento “estruturante para o concelho de Paredes”. “Temos uma actividade cultural muito intensa que queremos intensificar ainda mais”, sustentou Alexandre Almeida.

A expectativa é que o edifício esteja concluído em Junho de 2023.

Fonte: Spaceworkers

500 lugares sentados para eventos das instituições do concelho e para captar eventos de maior dimensão

O projecto previsto inclui um auditório para 510 pessoas (lugares sentados), que vai ocupar cerca de 500 metros quadrados de área. Terá “uma boca de cena preparada para qualquer tipo de espectáculo”, com um palco de nove metros a que se somam mais 12 metros de área para toda a parte de luz, som e cenário. No topo, referiu o autarca, estará um restaurante e bar panorâmico. “O edifício, desde a base ao topo terá 30 metros, será o mais alto do concelho de Paredes”, afirmou. Ao lado, ficará o centro de congressos, um pavilhão para qualquer tipo de evento, com 1000 metros quadrados de área.

O presidente da Câmara garante que não tem dúvidas quanto há taxa de ocupação daquele espaço e diz que esta é uma oportunidade para as instituições culturais do concelho. “Temos grupos de teatro, conservatórios de música e de dança que podiam ter outro protagonismo, uma outra alavancagem, se tivessem um espaço com mais condições para o exercício da sua actividade”, lembrou Alexandre Almeida. “Neste momento dispomos de um auditório para cerca de 150 pessoas e com as limitações que a Covid tem apresentado por vezes temos dificuldade em fazer lá eventos. Este será um auditório para mais de 500 pessoas, com um centro de congressos ao lado, o que vai permitir uma versatilidade enorme para a realização de qualquer tipo de eventos culturais. Não temos dúvidas nenhumas que os nossos conservatórios e grupos de teatro vão beneficiar destes equipamentos e de que vai ser um pólo também de atracção ao concelho de Paredes porque vai permitir ter teatro, concertos e eventos que até agora só conseguíamos assistir na cidade do Porto”, afiançou, defendendo que haverá ocupação do espaço “o ano todo”. “Não temos dúvidas que vamos ter uma actividade constante e diária neste espaço, seja com cafés-concerto, teatro, cinema, musicais… não vão faltar oportunidades para dinamizar um espaço como este”, garantiu o edil aos jornalistas presentes.

Confrontado, Alexandre Almeida também disse acreditar que será possível rentabilizar o equipamento para que não se torne um encargo financeiro para a Câmara Municipal. “Temos empresas no concelho que precisam de fazer mostras de mobiliário e que vão poder usar este espaço. Existem colégios que têm de ir para fora do concelho fazer eventos de final de ano porque até agora não tinham oportunidade de o fazer cá”, dá como exemplo.

O presidente da Câmara de Paredes também não valorizou o facto de, em Penafiel, concelho vizinho, estar a nascer um outro auditório de grandes dimensões. “Não conheço o espaço de Penafiel, mas conheço bem o nosso, e não tenho dúvida nenhuma de que alguns dos eventos que se fazem na Casa da Música, no Porto, e que depois transitam por exemplo, por Guimarães, poderão passar por Paredes. Estamos a fazer um auditório que fica a 500 metros do nó da auto-estrada. Este auditório e centro de congressos vão ser muito usados no Vale do Sousa”, sentenciou.

“Maior obra deste mandato”, mas não a que tomará mais tempo

O autarca confirmou que “esta vai ser a maior obra deste mandato”, mas acrescentou que “não vai ser a obra que vai tomar mais tempo neste mandato”. Essas serão a água e saneamento e a habitação social.

À próxima reunião de câmara já irão os estatutos e composição do conselho de administração dos serviços municipalizados de água e saneamento de Paredes. “A transição está em curso e no próximo ano terá de estar em funcionamento. Já estamos a avançar com investimentos em Recarei e Sobreira e o saneamento será o maior investimento deste mandato”, reiterou.

A par disso está a habitação social. “Temos o projecto a nascer para o realojamento da comunidade cigana e vamos ter habitação social e a custos controlados um pouco por todo o concelho, aproveitando os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência”, concluiu Alexandre Almeida.