Para não promover a aglomeração de pessoas devido à pandemia, a Câmara do Porto já anunciou que não vai haver árvore de Natal gigante na cidade, assim como outras animações já tradicionais, como uma pista de gelo. Também não serão lançados fogos-de-artifício na passagem de ano nem realizados concertos.

Questionadas pelo Verdadeiro Olhar, as Câmaras de Paredes e Penafiel assumem posturas diferentes.

Enquanto em Penafiel não será montada a já tradicional árvore gigante nem lançados fogos-de-artifício na passagem de ano, em Paredes isso mantém-se.

“Não haverá árvores gigantes, nem actividades  que potenciem qualquer aglomeração de pessoas”, explica a Câmara de Penafiel. Mas as ruas estarão iluminadas para potenciar o comércio local.

Já na passagem de ano, “não haverá iniciativas, nem fogo-de-artificio para que seja possível continuar a promover o distanciamento social, como uma das principais medidas para combater a pandemia”, adianta o município na resposta enviada.

No total, a campanha de Natal em Penafiel costuma resultar num investimento de 50 mil euros. Parte desta verba será usada no apoio social. “O município de Penafiel tem vindo a investir em diversas iniciativas de apoio social já apresentadas e outras a anunciar oportunamente”, refere a Câmara.

Em Paredes, “o investimento da árvore e iluminação de Natal este ano será o mesmo do ano passado”, na ordem dos 19 mil euros, responde a autarquia.

“A pandemia não interferiu com esta decisão de investimento, uma vez que é o valor mínimo que temos de investir para dar cor às artérias da cidade de Paredes e apoiar o comércio tradicional”, defende o município.

Para além deste investimento em iluminação, avança a mesma fonte, haverá uma sessão de fogo-de-artifício, na passagem de ano, com o custo de sete mil euros.

Fora disso, as outras animações habituais não serão realizadas. “Todos os outros investimentos que costumamos fazer, como por exemplo um comboio de Natal ou uma tenda para espectáculos no Parque José Guilherme estamos impedidos de fazer devido às medidas de segurança impostas pela Direcção-Geral da Saúde no âmbito da pandemia”, justifica a Câmara de Paredes.

O Verdadeiro Olhar questionou também as câmaras de Lousada, Paços de Ferreira e Valongo sobre a postura que vão adoptar, mas ainda não obteve resposta. Em Valongo, o autarca já prometeu iluminar as ruas durante este mês para apoiar o comércio.