Ao longo de quase três anos, 33 pessoas realizaram 41 assaltos, em vários municípios de Norte a Sul do país, através de buracos feitos em paredes de armazéns ou em lonas de reboques de camiões estacionados na rua , furtando centenas de quilos de bacalhau, de peixe congelado, assim como milhares de peças de vestuário, calçado, eletrodomésticos e até cadeiras de bebés e fraldas.

Paços de Ferreira, Lousada e Valongo foram alguns dos concelhos onde o conhecido como o ‘gangue do buraco’ terá atuado, sendo que, depois, vendia ou leiloava o material roubado nas redes sociais e nas feiras, obtendo um lucro que rondaria 1,4 milhões de euros, avança o JN.

O Ministério Público garante que o lucro obtido com os crimes foi ainda maior e pede que sejam condenados a pagar ao Estado 6,7 milhões de euros.

A organização, onde muitos dos seus elementos seriam familiares, funcionaria desde 2019, arrombavam portões dos armazéns, ou faziam um buraco nas paredes dos edifícios, de onde retiravam o material e o carregava para carrinhas. Depois, era dividido e comercializado, quer através do Facebook ou venda direta a comerciantes.