Sempre que se discute mobilidade em Penafiel, invariavelmente, fixam-se as atenções em grandes obras, como o é exemplo a eterna discussão sobre o IC35.
Nunca descurando a importância daquelas obras – absolutamente essenciais -, a verdade é que o problema da mobilidade no nosso concelho é um problema de fundo, que não ficará resolvido com a simples concretização do IC35.

Mobilidade passa por garantir aos nossos jovens, como o Fábio André, um jovem residente nas Termas de S. Vicente, que para se deslocar para a única escola superior pública da região, não tenha de apanhar um autocarro para o concelho vizinho de Paredes e de lá para Felgueiras, com o constrangimento acrescido de saber que a partir das 18 horas não tem transporte público para regressar a casa.

Mobilidade passa por garantir aos cidadãos seniores do Sul, do Norte e do interior do concelho, transporte público adequado para o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e aos cidadãos mais jovens, transporte público para algumas das principais valências do nosso concelho, como o são exemplo as piscinas municipais e demais equipamentos desportivos.

Mobilidade é garantir que as crianças do Sul do concelho recebam os subsídios para o transporte escolar  que lhes foram cortados de forma absolutamente arbitrária pelo executivo municipal, assegurando-lhes reais condições para estudar no nosso concelho.
Mobilidade é combater assimetrias em Penafiel, garantindo assim que temos acesso à mesma qualidade de vida independentemente da freguesia onde vivemos.
Em súmula, mobilidade passa, necessariamente, por implementar uma verdadeira política pública de transportes, devidamente articulada com os principais equipamentos e serviços do nosso concelho.