Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

O presidente da Câmara Municipal de Lousada, Pedro Machado, reeleito para um segundo mandato, já atribuiu pelouros. O autarca optou por manter três vereadores a tempo inteiro, o que levou ao voto contra dos eleitos do PSD/CDS durante a primeira reunião de executivo, realizada esta sexta-feira.

“Estamos disponíveis para assumir pelouros sem remuneração, em regime “pro bono”, e atendendo a essa disponibilidade acreditamos que não se justifica ter três vereadores a tempo inteiro”, defendeu Leonel Vieira, referindo-se a ele próprio, a Simão Ribeiro e a Sandra Silva.

“Os lousadenses escolheram o nosso projecto e serão estes os vereadores que terão melhores condições para o interpretar”, defendeu Pedro Machado.

Em relação ao primeiro mandato não há grandes alterações, sendo que quer o presidente da câmara quer os vereadores eleitos pelo PS mantêm a tutela sobre as mesmas áreas.

O presidente da Câmara vai assumir os pelouros Administrativo e Financeiro; Recursos Humanos; Assuntos Jurídicos e Contencioso; Ordenamento do Território e Urbanismo; Licenciamento de Actividades Económicas; Fiscalização; Diplomacia Económica; Relação com o Munícipe e Governança; e Coordenação das Relações com as Juntas de Freguesia.

Já Cristina Moreira, que continua a ser vice-presidente da autarquia, mantém-se à frente da Habitação Social; Família; Juventude; Promoção da Igualdade; Saúde; Defesa do Consumidor; Desenvolvimento Económico e Social (Turismo, Agricultura, Artesanato, Comércio, Indústria, Emprego, Empreendedorismo e Inovação).

Manuel Nunes será o responsável pelos pelouros da Cultura (incluindo Arqueologia, Património Histórico e restante Património Cultural); Ambiente e Natureza; Obras Municipais; Gestão, Conservação e Manutenção de Equipamentos Públicos e Espaço Urbano; Energia; Transportes; Mobilidade e Trânsito; e Feiras e Mercados.

Por fim, António Augusto Silva assume as pastas da Educação; Formação; Desporto; Tecnologias da Informação e Comunicação e Protecção Civil.

Câmara pagou 41.800 euros para realização da Super Especial de Lousada

Durante aquela que foi a primeira reunião de câmara do novo executivo foi aprovado o pagamento de 41.800 ao Automóvel Clube de Portugal pela realização da Super Especial de Lousada integrada no Rally de Portugal.

Os eleitos do PSD/CDS votaram a favor, mas deixaram críticas. “Entendemos que a realização da prova é importante para o concelho, apesar deste esforço financeiro, e estamos solidários com o Clube Automóvel de Lousada, mas isto mostra que há prejuízos a pagar. Afinal os bilhetes que andaram a distribuir pelos alunos das escolas de Lousada tiveram custos. Está aqui a factura”, disse Leonel Vieira.

“O senhor vereador votou, no ano passado, uma verba idêntica”, salientou Pedro Machado. O autarca lembrou que a prova tem custos substanciais e que todos os municípios têm que contribuir financeiramente para a realização dos eventos, sendo Lousada um dos que contribui menos. “É falacioso esse argumento, porque no ano passado não distribuímos bilhetes e o apoio foi o mesmo. Os alunos que foram ver a prova não iam comprar bilhete e ainda podem ter levado pais ou familiares para não irem sozinhos. O objectivo é, a médio e longo prazo, fidelizar amantes do desporto automóvel. E é uma iniciativa a repetir”, concluiu o presidente da câmara.