Foto: Facebook da Escola Secundária de Paredes

Após uma inspecção de rotina da Parque Escolar, foi detectada a presença de legionella nos balneários do pavilhão desportivo da Escola Secundária de Paredes, o que obrigou ao encerramento do espaço em causa desde o final da semana passada.

“As análises físico-químicas e microbiológicas ocorreram após recolha de 10 amostras em pontos comuns de desenvolvimento de bactérias”, referiu a Parque Escolar em comunicado. Duas dessas recolhas detectaram a presença da bactéria com concentrações de 100 ufc/L no balneário dos professores e de 63 ufc/L no balneário masculino, “mesmo assim, muito inferiores a concentrações determinadas como preocupantes que são de 1.000 ufc/L”.

A Parque Escolar solicitou desde logo ao estabelecimento de ensino o encerramento do acesso aos balneários e procedeu ao choque químico dos circuitos hidráulicos e a acções complementares de actuação.

Nos balneários, que devem reabrir esta semana, está ainda a “decorrer o período da contra-análise realizada, após as acções de controlo para a eliminação da bactéria em todo o circuito hidráulico”.

Segundo avança a Parque Escolar, não foram registadas contaminações na comunidade escolar, “tendo sido realizadas as acções necessárias e suficientes para o controlo da bactéria em todo o edifício”.

Para Américo Rodrigues, presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Paredes (FAPEP), “a ser verdade, é preocupante e é o momento da escola pôr em prática aquilo que está legislado”, nomeadamente, a lei 52/2018, de Agosto do ano passado, que estabelece o regime de prevenção e controlo da legionella em todos os edifícios e estabelecimentos de acesso ao público, independentemente de terem natureza pública ou privada.

O também dirigente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) acredita que a higienização, a nível nacional, dos ralos, chuveiros e urinóis “não está a ser feita de forma a combater o possível aparecimento de legionella”. O assunto já foi a debate a nível interno da CONFAP, mas o alerta nacional não chegou a tempo desta situação na escola de Paredes.

Para já, Américo Rodrigues garante que vão obter mais esclarecimentos junto da escola, autarquia e delegação de saúde e, mais tarde, tecerão mais comentários. “Gostava de saber quais são os espaços públicos do Estado que estão a cumprir, porque eu sei que alguns já tiveram protocolos com empresas certificadas nessa área para fazer esses planos”, refere.

A Escola Secundária de Paredes foi contactada, mas remeteu as declarações para o Ministério da Educação.