Bernardo Valinhas tem 24 anos e é natural de Paços de Ferreira. A sua grande paixão sempre foi o hóquei, mas o hip-hop também faz parte dos seus gostos. Há dois anos, começou a entrar no mundo da música, como rapper e produtor, e esta sexta-feira lançou o seu EP de estreia.

Bug é o seu nome artístico. Diz que já utilizava esse username anteriormente e decidiu adoptá-lo agora, já que bug “vem de erros e foi por causa deles” que começou a escrever, em 2017, e “é uma maneira de homenagear isso, dar um significado”. “Comecei a escrever umas coisas numa altura em que senti necessidade disso”, conta, explicando que foi “um bocado por escape”.

Depois, começou a passar para áudio “e as coisas começaram a ganhar uma dimensão agradável”, sendo que, por enquanto, apenas fazia isso para ele, “sem ninguém saber”. Até que decidiu colocar na internet, “meio às escondidas”, e acabou por ser descoberto por uma editora. Recebeu o convite de Keso, um músico e DJ da cidade do Porto que lidera a editora Paga-lhe O Quarto Records (POQR), para fazer o lançamento do projecto.

“Acabou por ser tudo muito rápido”, revela ao Verdadeiro Olhar Bernardo Valinhas, explicando que o primeiro concerto que deu foi em Maio deste ano e o segundo – aquele a que Keso assistiu – foi em Julho.

Há uma semana, foi lançada a faixa-resumo deste EP chamada “Borboletas” e, esta semana, o single apareceu em várias rádios, “o que foi bom, chegou a mais gente”. “Agora com tempo é que as pessoas vão me conhecer. Agora é que apareci. É preciso tempo para as pessoas terem curiosidade e verem”, acrescenta.

Nesta sexta-feira, Bug lançou para as plataformas online o seu EP de estreia, “Tripolar”, que contém seis faixas com temas escritos na íntegra por si. “Está a ser bom. Estou mais que satisfeito com o resultado”, confessa e refere que tem muito trabalho feito que conta lançar no futuro.

Na descrição do EP, o artista explica que “foram utilizadas variadas técnicas dentro do rap a solo ou com uso de coros que procuram imergir o ouvinte nesta nova realidade”. Descreve o EP como “um pedido de auto-ajuda, um desabafo do artista que tenta resolver as suas inseguranças e dramas a partir da experimentação musical”.

A par da música, o jovem dedica o seu tempo também ao curso de Arquitectura que frequenta na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e ao hóquei, a sua “paixão desde pequenino”.

“É uma confusão, é difícil”, admite Bernardo Valinhas em relação à conjugação de todos estes horários. No entanto, garante que, para já, o que pretende é “acabar o curso o mais rápido possível”, já que só falta a tese, para assim conseguir trabalhar.

Quanto ao hóquei, o atleta sénior da equipa do Juventude Pacense diz que os seus sonhos continuam a passar por este desporto, que já vem de família, e que “há-de continuar sempre enquanto for possível”. “É um prazer enorme poder jogar”, continua.