O presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde do Norte visitou o Serviço de Urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel, para avaliar as condições e a capacidade de resposta da instituição ao fluxo crescente de doentes que sofrem os efeitos negativos do frio, no âmbito do Plano de Contingência Temperaturas Extremas Adversas – Módulo de Inverno. Depois de uma reunião de trabalho com o conselho de administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e da visita Álvaro Almeida disse-se “tranquilo”. “O plano está bem elaborado. Deram-me garantias que todos os recursos previstos estão disponíveis para ser mobilizados e serão mobilizados quando for necessário”, afirmou.

“Foram já reforçadas as equipas de médicos, enfermeiros e auxiliares e estamos sempre preparados para um aumento de fluxo de doentes”, sustenta também o presidente do conselho de administração do CHTS, Carlos Vaz.

 

Cuidados de saúde primários e linha Saúde 24 devem ser primeira opção em caso de gripe

O Plano de Contingência Temperaturas Extremas Adversas – Módulo de Inverno pretende dar resposta aos picos de procura das urgências provocados pelo frio.

Em Penafiel, Álvaro Almeida afirmou que viu “uma urgência bem concebida e bem organizada” e que, mesmo numa segunda-feira de manhã, dia geralmente com grande afluência, estava a funcionar de forma “tranquila e com os utentes a ser atendidos adequadamente”.

“O Hospital Padre Américo saberá responder às necessidades do fluxo de procura quando surgirem”, acredita o responsável da ARS Norte.

Álvaro Almeida fez também questão de reforçar que, em caso de gripe, a primeira opção do doente deve ser recorrer aos centros de saúde e unidades de saúde familiar da região, muitas delas com horário de funcionamento alargado, até às 20h00, 24h00, ou mesmo durante toda a noite. “Não faltam respostas nos cuidados de saúde primários, mais perto das pessoas, capazes de responder às necessidades”, sustentou. “As pessoas só devem recorrer às urgências hospitalares em situações de urgência. Nos casos em que podem esperar uma a três horas o melhor que têm a fazer é recorrer aos cuidados de saúde primários”, reforçou.

Por outro lado, em caso de dúvida ou para esclarecer qualquer sintoma os doentes devem ligar para a Linha Saúde 24 (808242424), onde um profissional de saúde indicará o que fazer e onde se dirigir.

Álvaro Almeida garante que as filas de espera nas urgências dos hospitais são, sobretudo, causadas por estes casos não urgentes, que recebem pulseira verde na triagem, e têm depois que aguardar várias horas para ser atendidos.

Também o presidente do conselho de administração do CHTS sublinhou esta ideia: “É fundamental que as pessoas vão primeiro aos cuidados de saúde primários. Só depois disso, serão reencaminhados para cá. Não sendo doentes urgentes têm de esperar”.

Carlos Vaz garante que o plano de contingência do hospital é idêntico ao do ano passado, cuja implementação correu bem. Este ano já reforçaram a articulação com centros de saúde e Agrupamentos de Centro de Saúde, que é “fundamental”. “A nossa urgência, sendo a quarta maior do país, funciona muito bem, não temos grandes tempos de espera”, garante.

Já foram reforçadas as equipas de médicos, enfermeiros e auxiliares e o hospital está preparado para um aumento de doentes.

Para já “o afluxo do número de doentes é idêntico, apesar de ser elevadíssimo, entre 600 a 700 doentes por dia”, disse o presidente do conselho de administração. A urgência aguenta um aumento de fluxo até aos 800 doentes por dia, sem problemas de funcionamento, avança Carlos Vaz.