Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Dar condições condignas aos militares da GNR que integram a Unidade de Emergência de Protecção e Socorro (UEPS), ainda conhecidos como GIPS, que todas as épocas de incêndios ficam instalados em contentores, e também ao pessoal de emergência médica que usa o Heliporto de Baltar, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Baltar e a Câmara Municipal de Paredes têm um projecto para construir um centro de meios aéreos. Trata-se de um edifício com várias valências e com uma torre de controlo aéreo que permitirá também ao heliporto ter mais condições e evoluir para outro patamar.

“O Heliporto está certificado para operações de protecção civil e emergência médica H24 (24 horas) e estamos em processo de certificação para voos comerciais”, adianta o presidente da instituição, José Alberto Sousa.

Para construir o centro de meios aéreos falta também ainda um parecer da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que já prometeu dar prioridade ao tema, durante uma visita ao heliporto e ao quartel da corporação. “O Heliporto de Baltar é um exemplo. Viemos ver a pista e posições de estacionamento previstas, para dar melhores condições para quem aqui trabalha, para as equipas que estão em contentores. Esperemos que na próxima época de Verão já não seja assim”, afirmou Tânia Cardoso Simões.

“Queremos que na próxima época de fogos florestais já haja condições de dignidade”

O edifício projectado, com um piso mais torre de controlo aéreo, contará com salas de refeições, estar, briefing, operações, formação e de material, assim como quartos e balneários para a GNR, mecânicos e pilotos.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

A funcionar desde 2010, o actual heliporto “está a funcionar com contentores”, alugados todos os anos entre Maio e Dezembro pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, com “custo elevado”. A meta é ter “instalações definitivas”, avança José Alberto Sousa. O objectivo é avançar coma obra “no último trimestre de 2022”. “Queremos que na próxima época de fogos florestais já haja condições de dignidade”, também para os profissionais de emergência médica tripulantes dos helicópteros do INEM que ali fazem escala, defende o presidente da instituição. Referiu ainda que vai haver uma placa de estacionamento para helicópteros para que possam estar ali vários em simultâneo, no âmbito do processo de certificação em curso que vai permitir receber voos comerciais.  

Francisco Leal, vereador da Protecção Civil da Câmara Municipal de Paredes, disse que também a autarquia quer acabar com os contentores naquele heliporto, pelo que se comprometeu com a associação humanitária a “fazer instalações definitivas para dar mais funcionalidades ao aeroporto”. O valor do investimento ainda não está fechado, mas ultrapassará os 250 mil euros. A ideia é candidatar o projecto a fundos comunitários ou a fundos do PRR, mas o autarca garante que a obra avança, nem que seja com fundos próprios do município.