Há 146 salas vazias nos Centros Escolares de Paços de Ferreira que vão ser “reaproveitadas”, ao abrigo de uma candidatura que o município vai apresentar para criar espaços e valências no concelho que sirvam a infância, a terceira idade, assim com pessoas com deficiência.

Em Assembleia Municipal extraordinária, Humberto Brito explicou que “não fazia sentido estar a construir mais edifícios”, sendo que a solução só fazia sentido passar pelo “reaproveitamento dos que já existem nas 14 freguesias onde estão instalados”.

Recorde-se que a autarquia já havia anunciado um investimento previsto de “8,6 milhões de euros para criar 16 novos projectos, desde berçários e creches nos centros escolares do concelho, uma estrutura residencial para idosos em Carvalhosa e uma residência de autonomização e inclusão e um centro de actividades e capacitação para a inclusão na freguesia de Ferreira.

As candidaturas vão ser apresentadas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e têm uma comparticipação a 100%.

Na reunião magna, Humberto Brito explicou que os prazos das candidaturas a este plano, disponível desde Dezembro, “são curtos” e dada a complexidade e especificidades dos projectos, foi necessário fazer alterações ao orçamento.

Daí a Assembleia Municipal extraordinária que serviu para aprovar estas alterações com nove abstenções dos deputados do PSD.

Valentim Sousa, líder da bancada social-democrata, justificou que a abstenção “não inviabiliza as candidaturas”, “permitindo ao executivo que faça uma ginástica financeira para que se cumpram”. Uma postura que gerou descontentamento por parte do PS e de Humberto Brito a lamentar que o PSD, e tendo em conta a dimensão deste investimento e de serem obras que vão “dar resposta imediata a muitas famílias do concelho, “não tenha tido a bondade de dizer sim”.