Morreu, aos 79 anos, Jorge Malheiro, antigo presidente da Câmara Municipal de Paredes.

A Câmara decretou três dias luto municipal, a cumprir hoje, amanhã e segunda-feira, 14, 15 e 16 de Novembro, sendo colocada a bandeira do município a meia haste nos edifícios municipais.
Jorge Malheiro, foi o dinamizador do CDS-PP em Paredes, tornando-se o primeiro presidente da Comissão Política Concelhia. Concorreu à Câmara Municipal de Paredes em 1976, integrado, como número dois, na lista do CDS que ganhou as eleições. A 19 de Agosto de 1977, por resignação de Francisco Ribeiro da Mota, assumiu o cargo de presidente da Câmara Municipal, tendo-se mantido no cargo nos dois mandatos subsequentes, até ao fim de 1993. Pelo caminho declinou convites para ser secretário de Estado da Administração Interna e deputado à Assembleia da República.

Integrou os órgãos sociais de várias associações e instituições do concelho.

Na sua gestão autárquica foi responsável pelo projecto de saneamento da vila de Paredes, pela elevação de Paredes a Cidade, pela remodelação e ampliação do edifício dos Paços do Concelho, pelas obras de alargamento e melhoramento em vários cemitérios, pela construção de arruamentos por todo o concelho, pela infra-estruturação de diversos equipamentos escolares, pela remodelação da rede de distribuição de energia eléctrica em várias freguesias, pela construção da ETAR de Paredes, pela construção do bairro O Sonho, pela instalação de um núcleo da delegação da Cruz Vermelha em Paredes, pela construção de um Parque Infantil em Parada de Todeia, pela implantação da CESPU em Paredes ou pela compra de 18 mil metros quadrados da Quinta da Estrebuela, destinada já ao Parque da Cidade de Paredes, entre tantas outras obras e iniciativas que contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do concelho.

Recebeu, em 2015, a Chave de Honra do Município de Paredes.

Em 2017, pelos vários avanços que conseguiu em prol do concelho, o seu nome foi atribuído a uma rotunda da cidade e à piscina municipal, a primeira da região.

“Não sei se mereço [a homenagem], mas sei que foi neste espaço público que dei de mim o melhor que soube e pude”, afirmou na altura. “Foi uma honra dedicar uma vida à causa e coisa pública e ter servido a minha terra. Valorizei-me como ser humano, isso não é coisa que tenha preço”, referiu ainda, afirmando que o sentimento era de “dever cumprido”.

Morava em Bitarães. O horário do funeral ainda não está definido mas, devido às recomendações em vigor da Direcção-Geral de Saúde, as cerimónias das exéquias fúnebres serão reservadas somente aos familiares directos.

A autarquia já expressou publicamente as suas condolências.