As juventudes partidárias, muitas vezes, são subvalorizadas. Há quem  considere os jovens pouco interventivos, trazendo pouco de novo ao panorama político, mais interessados em festas e noitadas. Arredado, a maior parte das vezes, das questões políticas, como a sociedade em geral, o que leva um jovem a integrar um partido político? A resposta deveria estar na identificação com a ideologia  do partido que escolheram. Mas a maior parte das vezes não está. Até porque esquerda e direita, para a maior parte dos jovens, são sentidos, que dão muito jeito para nos conduzirmos num percurso físico, e não orientações políticas!

As juventudes partidárias são, assim, para muitos, a resposta a uma necessidade de catapultar a irreverência, mostrar que também têm uma palavra a dizer e que podem fazer a diferença. E isto é o mais importante. Seja em que partido for, é importante a militância jovem, porque aguça o espírito crítico, proporciona o debate de ideias e promove a cidadania ativa, tão apregoada nos currículos escolares e tão pouco conseguida. Por isso, vindos dos jovens, qualquer projeto menos sólido ou qualquer opinião menos sustentada não devem ser alvo de duras críticas dissuasoras, mas de debate construtivo.

Há alguns dias, realizou-se a tomada de posse da JSD de Lousada. Foi para mim uma noite surpreendente. Não pela tomada de posse do Miguel Ferreira, que já conheço há algum tempo. Trata-se de um jovem determinado, íntegro e honesto. Um rosto consensual. Um jovem que não está na política por vaidade, mas pela vontade em contribuir para uma sociedade melhor. Foi com grande alegria que ouvi as suas palavras sinceras e emotivas. Gostei especialmente de o ouvir referir a necessidade de formação política para os mais jovens. Fazem falta, de facto, na formação académica dos jovens alguns capítulos de história das ideias políticas.

O PSD está, por isso, muito bem representado a nível local, tal como a nível distrital e nacional. E, para mim, a surpresa da noite foi Margarida Balseiro Lopes, líder da JSD nacional. Simplicidade e espontaneidade, a que se junta a acutilância e a profundidade reflexiva, sem contudo abandonar a clareza de pensamento: eis o perfil de uma jovem que sabe por onde quer ir. São forças como estas que nos devolvem a cor da esperança empalidecida.

Facto curioso: também a líder da distrital é uma mulher. Fico satisfeita, porque, perdoem-me agora os leitores masculinos, para além da competência, podemos contar ainda com aquela sensibilidade que só as mulheres têm. Oxalá se criem condições para que as mulheres possam estar mais presentes na vida pública!

Os jovens têm várias palavras a dizer e são um contributo importante para o progresso. Sociedades jovens são mais dinâmicas e empreendedoras. Enquanto houver em Lousada e no país jovens como estes, independentemente do partido a que pertençam, podemos ter esperança num futuro mais promissor.

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Membro da Assembleia Municipal de Lousada pela Coligação PSD/CDS (Lousada Viva)