Terá sido o director das Finanças do Porto a mandar realizar, “em segredo” e “sem o conhecimento do Governo”, as operações stop para cobrança de dívidas que têm sido realizadas no distrito, adianta o JN. A última aconteceu esta semana em Alfena, Valongo, e levou para a rua os funcionários da Autoridade Tributária que, cruzando dados das matrículas no sistema identificavam quem tinha dívidas ao Fisco. Quem foi apanhado, tinha que pagar, chegar a um acordo de pagamento ou podia ver penhorada a viatura. Em Valongo isso aconteceu a, pelo menos, três contribuintes, sendo apreendidos dois veículos ligeiros e um pesado de mercadorias.
O Governo acabou por mandar cancelar estas operações que considerou desproporcionadas e anunciou que vai abrir um inquérito.
O JN lembra que estas operações já tinham acontecido em Póvoa de Varzim, Felgueiras, Santo Tirso, Trofa e Gondomar.
O director das Finanças do Porto é José Oliveira e Castro, natural de Paredes. Só ele e um “núcleo duro” de outros funcionários do Porto saberiam destas operações, sustenta o mesmo jornal.
José Oliveira e Castro, engenheiro, já foi presidente da Junta de Sobrosa e director das Finanças de Viana do Castelo.
