Comerciantes de Paços de Ferreira manifestam-se amanhã e falam em “sentença de morte”

Vão entregar carta aberta ao presidente da Câmara e Associação Empresarial dizendo não compreender a dureza das medidas sobre o sector, passando a ideia de que os estabelecimentos “são inseguros e os principais focos de contágio”

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O apelo é simples: querem trabalhar, com segurança. O comércio local de Paços de Ferreira sai amanhã, pelas 10h30, à rua para apelar a que as medidas sobre o sector não sejam tão duras e a mais apoios.  Vão entregar uma carta aberta aos presidentes da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira, da Associação Empresarial de Paços de Ferreira e aos presidentes das Juntas de Freguesia do concelho.

“Com a declaração de um novo Estado de Emergência e a entrada em vigor do Decreto n.º 3-A/2021, de 14 de Janeiro, com as medidas dele constante, se a subsistência dos nossos estabelecimentos já se afigurava difícil, então agora foi-lhes decretada a sua sentença de morte”, lê-se no documento. “Impondo confinamentos que não alteram a progressão do vírus em contrapartida leva-se à falência e ao desemprego centenas de milhares de pessoas e pequenos negócios”, acrescentam os comerciantes.

O grupo de proprietários de estabelecimentos do comércio local lembra que têm acatado as medidas impostas, cumprindo todas as regras e zelando pela saúde de todos sem desvalorizar o vírus.

“Não compreendemos por isso a dureza das medidas que recaem sobre o nosso sector de actividade e que permitem passar para o cidadão comum a ideia de que os nossos estabelecimentos são inseguros e os principais focos de contágio, sendo essa uma ideia totalmente errada”, alegam.

Todos vão sofrer as consequências económicas no futuro, diz a carta, que questiona se a única forma de achatar a curva é o isolamento social. “Não é possível continuar a manter uma postura, inicialmente correta, às custas de desemprego e falência em massa de milhares de empresas e do sufocamento financeiro de tantas famílias que delas dependem. Sem empresas não há emprego e sem emprego, veremos milhares de famílias do nosso país a passar por dificuldades!”, salientam.

O apelo é que os deixem trabalhar “com segurança”, abrindo os estabelecimentos.

Pedem ainda às entidades a que se dirigem que digam à população que os estabelecimentos do concelho são seguros e que levem este apelo ao Governo.

“Apelamos aos senhores presidentes para que não deixem de atender a esta nossa carta aberta, e promovam a adopção de medidas que permitam salvar o nosso sector, evitando a destruição dos estabelecimentos e extinção dos postos de trabalho que aqueles asseguram”, terminam os comerciantes pacenses.

Recorde-se que em Novembro do ano passado os restaurantes do concelho também fizeram um protesto pedindo ajuda e dizendo que a pandemia estava a pôr em causa a sua sobrevivência.