Os vereadores eleitos pela coligação Lousada Viva acusam a Câmara Municipal de Lousada de ter abandonado a Escola Básica e Secundária de Nevogilde. Depois de uma visita à escola, a oposição emitiu um comunicado em que critica a não resolução dos “gravíssimos problemas” encontrados no edifício.

“A cobertura da escola precisa urgentemente de ser removida, pois está muito deteriorada e é composta por placas de fibrocimento que têm amianto que, como está provado, é um produto cancerígeno. Quando chove, há salas que não podem ser usadas. Os passeios pedonais no logradouro da escola estão praticamente todos partidos. A deterioração de todo o edifício, bem como do pavilhão, é preocupante. Há muito que também é reclamada a instalação de coberturas junto à paragem dos autocarros”, diz o documento.

“É urgente que a Câmara Municipal de Lousada coloque na agenda das prioridades a realização de obras nesta escola, pois está em causa a segurança e a saúde de todos aqueles que frequentam este estabelecimento de ensino, principalmente alunos, professores e auxiliares”, argumenta Leonel Vieira.

 

Centros Escolares de Nespereira e Casais também com problemas

Leonel Vieira, Agostinho Gaspar e Cândida Novais, vereadores na Câmara Municipal de Lousada, acompanhados de alguns presidentes de junta, reuniram-se, na semana passada, com a direcção do Agrupamento de Escolas Lousada Oeste.

O Agrupamento dispõe de cinco novos centros escolares, dos quais três entraram em funcionamento neste ano lectivo. E todos têm “problemas que urge resolver”, sustenta a coligação PSD/CDS-PP.

O polidesportivo coberto em Casais não poder ser utilizado quando chove porque o ringue acumula água. E nos centros escolares de Nespereira e Casais as portas interiores estão a desfazer-se e as fechaduras não funcionam, dão como exemplo. Da mesma forma, o Centro Escolar de Lodares, inaugurado há quatro meses, padece de problemas de humidade. “Nos novos centros escolares não há casas de banho para adultos, tendo estes que utilizar as que estão destinadas a deficiente. Além disso, o sistema informático ainda não está instalado e as escolas não têm internet”, criticam. “O acompanhamento e fiscalização das obras foi muito deficiente e há claros indícios de incúria e facilitismo, há que apurar responsabilidades e fazer as obras necessárias para menorizar os prejuízos”, defende Leonel Vieira.

A coligação está ainda preocupada com a contínua diminuição do número de alunos e a deficiente rede de transportes que serve as freguesias do agrupamento.