O CDS-PP Paredes divulgou uma carta aberta ao executivo socialista que dirige a Câmara de Paredes, apelando à contratação de mais autocarros para o transporte escolar de forma a respeitar a lei e a garantir a segurança necessária a todos os alunos do concelho e a aquisição de separadores (acrílicos ou outros) de forma a garantir o distanciamento físico dentro das salas de aula de forma a diminuir os riscos de contágio. O partido apela ainda ao aumento de fiscalização das regras que visam combater a propagação da pandemia, nas escolas mas não só.

Quanto às escolas, o presidente da comissão política do CDS-PP, José Miguel Garcez, acusa a autarquia de ignorar os problemas dos alunos. “Como é que se compreende que só a escola Secundária de Paredes disponha, por exemplo, de separadores acrílicos dentro das salas de aula para manter a distância entre os alunos e em todas as outras escolas EB 2,3 e Secundárias, em Lordelo, Vilela/Rebordosa, na Sobreira, em Baltar e Cristelo, os alunos continuem sentados aos pares como se não estivéssemos em tempo de pandemia? E mesmo na escola secundária de Paredes foi a direcção da escola em conjunto de esforços com a Associação de Pais que adquiriu os separadores solicitados pelo ministério. A câmara não fez coisa alguma”, aponta em comunicado.

Nos transportes, os alunos andam “como sardinha em lata, potenciando a transmissão do vírus sem que a autarquia tenha contratado sequer um autocarro mais para evitar a transmissão da doença”. “O presidente da câmara e o vereador da Educação, no mínimo, são responsáveis morais pelo abandono dos alunos e das nossas escolas e, consequentemente, ajudam pelo aumento exponencial do número de infectados no concelho”, acusa o centrista.

Quanto à evolução da pandemia no concelho, José Miguel Garcez sustenta que “apesar da situação crítica em que se encontra o município, não se conhece uma medida que seja, levada a cabo pelo executivo, que ultrapasse os concelhos da Direcção-Geral da Saúde, da ministra da Saúde e do Governo”. Fruto de uma reunião realizada com os presidentes da junta não foram divulgadas quaisquer medidas a adoptar, dá como exemplo.

“É um direito de toda a população tomar conhecimento de toda a situação que se vive no concelho de Paredes que, como sabe efectivamente, mas esconde objectivamente, é, neste momento, um dos concelhos onde o risco de contágio pelo SARS-CoV-2 é mais elevado”, frisa o líder do CDS-PP, que exige medidas para os transportes escolares, as salas de aula e de fiscalização.

“Caso estas e outras não medidas não sejam tomadas e caso a situação no concelho se continue a agravar e o executivo continue a colocar em plano secundário a saúde de todos os paredenses, o CDS-Paredes responsabilizará politicamente Alexandre Almeida e todo o seu executivo e, se for o caso, para salvaguarda das populações e por obrigação pública em dever cívico participará esta situação ao Ministério Público”, garante.

Contactada, a Câmara de Paredes diz apenas que “as escolas estão cumprir as orientações que recebem do Ministério da Educação e dos seus planos de contingência” e que “a Câmara de Paredes colabora sempre no que é solicitado”.