Com base na informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) lançou um alerta sobre “o agravamento das condições meteorológicas, com precipitação persistente, vento e agitação marítima”.

Está prevista “precipitação persistente e por vezes forte a partir da manhã de segunda-feira, 19 de Dezembro, nas regiões Norte e Centro, com o período mais crítico entre as 21h00 e as 6h00 do dia 20 de Dezembro, em especial nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto e entre as 00h00 e as 6h00 nos distritos de Vila Real, Viseu, Aveiro e Coimbra, não sendo de excluir precipitação por vezes forte e persistente nos restantes distritos”, assim como fortes rajadas de vento.

Isso pode levar a aumento do nível das águas do rio. A ANEPC realça, entre outros, que na Bacia do Douro pode haver “aumento significativo das afluências incluindo nas sub-bacias dos rios Tâmega e Sousa, com impacto em especial na terça-feira, 20 de Dezembro, em Amarante e Paredes e consequentemente na foz do Douro (podendo agravar com o efeito da maré)”.

Estas condições meteorológicas podem causar “inundações em zonas urbanas”, “cheias”, “deslizamentos e derrocadas” de terra, arrastamento de objectivos para as vias rodoviárias e piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.

Por isso, a ANEPC aconselha a adopção de medidas preventivas, desde garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; que as pessoas não se desloquem às zonas afectadas pelas cheias nem circulem junto a zonas ribeirinhas onde seja habitual haver transbordo de água; que sejam fixadas estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; que haja “especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas”, devido à possível queda de ramos ou árvores; que seja adoptada uma condução defensiva e não sejam atravessadas zonas inundadas “para precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas”; entre outros.