Pela segunda vez, Floriano Sousa e Silva é o candidato do Partido Trabalhista Português (PTP) à presidência da Câmara Municipal de Paços de Ferreira.

Não é natural do concelho, mas diz ter ideias para criar postos de trabalho e para desenvolver a terra onde mora.

Três das principais propostas passam pela criação de uma central térmica biomassa florestal e pela construção de uma praia fluvial e de um parque aquático no Parque Urbano, além de apostar no turismo. O emprego com direitos seria outra prioridade assim como defender o património da PFR Invest e impedir que seja “vendido ao desbarato”.

Apesar de só ter conseguido 174 votos há quatro anos, Floriano Sousa e Silva acredita na escolha popular e considera que eleger-se como vereador seria uma vitória, para si e para o concelho, já que a existência de maiorias na câmara não tem beneficiado a democracia.

Diz que se candidata para que haja mudança. O que é preciso mudar?

O PS começou uma mudança no concelho, de facto, mas é preciso que a mudança não seja apenas formal, que seja uma mudança de facto. Quer dizer não é mudar só os nomes, como o povo costuma dizer. O que se está a verificar são os mesmos defeitos do PSD. Quer controlar tudo, quer ser o dono da câmara e parece que as pessoas é que têm medo de não ser do PS. Aliás, tenho muitos amigos que me dizem que me apoiam abertamente, que votam em mim, que me incitaram a candidatar, mas que têm medo de se manifestar. Isso é mau para a democracia. É preciso de mudar esse clima.

Esta é a segunda vez que encabeça uma candidatura à Câmara de Paços de Ferreira. Sente-se motivado, mesmo sabendo que a sua votação de há quatro anos rondou os 170 votos?

Foram 174 votos. Estou no concelho há pouco tempo. Resido em Paços de Ferreira há 10 anos. Até essa altura, pouca vida social levava e não tinha grande contacto com as pessoas. Fazia um quotidiano normal, levava os filhos à escola. Não tinha apoios de qualquer espécie, não tinha um único cartaz, embora me tenha esforçado em contactar com as pessoas. É natural que a votação não fosse favorável. Na verdade, consegui uma boa votação. Tive votos em todas as freguesias e isso para mim já foi muito bom.

Agora, isto mudou um bocadinho. Já sou bastante mais conhecido. Aliás, repare-se que os restantes candidatos pedem o meu apoio. E fui solicitado por muitos partidos para me candidatar. Como já disse noutras entrevistas, preferia ser candidato pelo partido que pudesse dar-me algum apoio logístico para me puder candidatar abertamente à vitória, mas candidato-me pelo partido que me dá liberdade de opções. O PTP em Paços de Ferreira sou eu, não sofro interferências nenhumas, posso desenvolver o meu pensamento livremente. Acho que é uma boa alternativa.

Sou dos militantes mais antigos do PS. Demiti-me para poder tomar as minhas atitudes livremente e não ser censurado. Há um pequeno grupinho que tomou conta do partido

Já integrou outras forças partidárias?

Sou dos militantes mais antigos do PS. Demiti-me para poder tomar as minhas atitudes livremente e não ser censurado, como aconteceu há quatro anos. Regressei ao partido, a convite da distrital, mas, logo de imediato, demiti-me outra vez porque é em Paços de Ferreira que tenho que viver. É com estes socialistas que tenho que viver. Um pequeno grupinho que tomou conta do partido, fizeram aquilo coisa sua. Que não querem os militantes para trabalhar, nem querem ideias. Por isso, quis-me separar dessa gente e quis candidatar-me para mostrar que, também, tenho ideias.

Sinto-me socialista na mesma, continuo a ser socialista, embora me tenha demitido do partido. Provavelmente nunca mais lá regressarei. Não quero mistura com esta gente de Paços de Ferreira. São pessoas que não respeitam ninguém. Não têm respeito pelos militantes mais antigos, aqueles que, como eu, lutaram no tempo do fascismo para hoje haver liberdade e para eles ocuparem os cargos que ocupam.

O que seria para o PTP um bom resultado nestas autárquicas?

Um bom resultado seria contar com os votos dos que me dizem que votam em mim e me incentivaram a candidatar-me. Estou convencido que terei boas votações tanto em Freamunde como em Frazão e Arreigada. Nas outras freguesias não tenho tido grandes contactos e não tenho grandes possibilidades de ter uma boa votação.

Na sede do concelho e nas freguesias como Freamunde, que é uma cidade equivalente a Paços de Ferreira, e Frazão, que é uma grande freguesia, irei ter bons resultados. Talvez consiga mesmo ser eleito. Apesar de o Humberto Brito estar a pedir tudo para ele, as freguesias, a Assembleia Municipal e a câmara e ainda um aumento do número de vereadores, contento-me em ser eleito vereador. Não é fácil.

 

Dessa forma já podia dar um contributo importante?

Sim, acho que podia dar um contributo importante porque trago ideias. Geralmente os partidos quando não têm ideias fazem de conta que têm, mas eu não. Tenho ideias para criar postos de trabalho e para desenvolver a terra.

A verdade é que não remunicipalizou a água como pretendia, ou como disse que ia fazer, antes alargou o prazo de concessão

Que balanço faz do trabalho do executivo municipal nos últimos quatro anos?

Estes quatro anos do PS são positivos, mas não são de gente de confiança. E posso citar várias coisas, como a questão da água. Aproveitou a existência de uma cláusula no contrato penalizador para a câmara e negociou essa dívida, pretensa dívida, porque não é dívida, porque foi um contrato feito por vigaristas, entre vigaristas. É um contrato que não tem valor nenhum, apesar de a lei lhe conferir valor. Utilizou dois pesos e duas medidas.

Ele devia ter posto esse contrato em tribunal porque foi um contrato lesivo. É escandaloso. Como é que as pessoas para pagar menos água têm de gastar mais água. Em vez de pouparem água, para pagar menos, têm de gastar mais água. É uma coisa que não tem pés nem cabeça. Com certeza que ele conseguiria ganhar essa questão em tribunal, mas ele sabe como funcionam os tribunais, é advogado, sabe que ia ser custoso, ia demorar e não iria conseguiria fazer nada. Optou por negociar, aumentou o prazo de concessão à AGS a troco de baixar o preço da água. De facto conseguiu.

 

Mas há uma contrapartida prevista.

Sim, de 50 milhões de euros. A água, de facto, baixou, mas não sabemos o que vai ser para o futuro. A verdade é que não remunicipalizou a água como pretendia, ou como disse que ia fazer, antes alargou o prazo de concessão.

Em relação à PFR Invest, procedeu mal, mas pensou bem. Estava a ser pressionado pelos credores para pagar e, segundo ele diz, havia da parte da banca muitas dificuldades em negociar a dívida. Provavelmente, não teria tido outra opção se não a insolvência.

Mas a verdade é que lesou pessoas que confiaram na câmara. Era uma empresa municipal… Lesou as pessoas e a seguir pediu segurança. É porque ele sente que não agiu bem.

A sua solução não teria passado pela insolvência da PFR Invest?

Eu não faria isso. Ele [Humberto Brito] sabia o que a câmara devia. Sabia que essa dívida existia e abriu um precedente grande, porque, a partir de agora, ninguém tem confiança numa empresa municipal. Está descredibilizado o sistema.     

Sentiu mudanças neste mandato em relação à governação do PSD?

As mudanças não são propriamente visíveis. A não ser aquilo que tem relação directa com as pessoas, como é o caso da oferta dos manuais escolares ou a promessa que ele cumpriu recentemente da redução do preço da água.

Se houvesse várias forças partidárias representadas havia possibilidade de negociação e de democracia.

Mas o concelho mudou para melhor ou para pior?

O concelho não mudou muito, nem para melhor nem para pior. Está na mesma. A verdade é esta. Não se pode desvalorizar o trabalho que tinha sido feito antes. O PSD trouxe para o concelho o IKEA. Não estou a ver como é que seria o panorama em Paços de Ferreira se não estivesse cá o IKEA. Dizem: “Ah, se tivesse ajudado, financiado os empresários como ajudou o IKEA”. Não acredito nisso. Queria perguntar quantos estão a trabalhar fora da folha nessa empresa, ou sem contrato. Lá não está ninguém a receber meio salário, estão todos a trabalhar dentro da lei. Há empresas que têm pessoal que está no fundo de desemprego e está a trabalhar. Isso não é desenvolver. Apoiar o desenvolvimento é trazer unidades produtivas que trabalhem com honestidade e paguem com honestidade aos seus trabalhadores e o IKEA é um bom exemplo disso.

 

A oferta dos manuais escolares até ao 12.º, promessa do PS, é também uma promessa assumida por si. Qual a importância dessa medida para a população?

É evidente que concordo com a oferta de manuais escolares, embora entenda que devesse ser o Estado a fazer essa oferta. Está na Constituição que a educação deve ser progressivamente gratuita, mas o Estado da maneira como tem funcionado nestes 43 anos vai demorar muito a cumprir com este princípio. Se as autarquias puderem e tiverem possibilidade de dar uma ajuda, acho importante que se faça isso. Isso ajuda as famílias a viver, ajuda as crianças a crescer e estamos a criar igualdade no concelho. Não basta criar um protocolo com o Governo, nomear uma comissária para a igualdade e começar a gritar que somos todos iguais. Não somos nada todos iguais. Infelizmente, o presidente da câmara pode pensar que é igual a toda a gente ou dizer que é igual a toda a gente, mas não é, porque já tenho visto pessoas a remexer no caixote do lixo, cá no concelho, à procura de objectos para vender e de coisas para comer. A igualdade só existe de conversa. Agora, se queremos criar igualdade é apoiar as pessoas para o seu futuro e oferecer os manuais escolares é apoiar o seu futuro.

Mas estamos a falar de oferta ou de cedência?

Os manuais escolares depois devem ser devolvidos. Acho bem. As pessoas têm de estimar as coisas. Concordo com a ideia de reutilização. Só não concordo que mudem os livros todos os anos para obrigar os pais a gastar dinheiro que não tem.

É preciso acabar com o bipartidarismo em Paços de Ferreira? É esse um dos objectivos da sua candidatura?

É evidente, porque isso reduz a democracia. Quando o PSD estava no poder apresentava, todos os anos, orçamentos deficitários que eram apoiados pela maioria do PSD. Sabiam que estavam a cavar um fosso sem fundo, como se viu. Agora, tendo uma maioria absoluta, volta a acontecer a mesma coisa. Fazem as propostas e aprovam-nas e os outros pouco podem fazer. Se houvesse várias forças partidárias representadas havia possibilidade de negociação e de democracia. Era importante criar grupos parlamentares dentro da Assembleia Municipal.

Sente que uma nova força partidária no executivo seria um fiel da balança?

Podia ser, podia ajudar à discussão entre estas duas grandes formações políticas.

 

A seu ver, o concelho perdeu ou ganhou protagonismo na região nos últimos anos?

O concelho, nestes últimos quatro anos, ganhou protagonismo na região, embora seja ideia do actual executivo passar para a Área Metropolitana do Porto.

Sou uma pessoa democrata que aproveitaria tudo que as outras forças políticas fizeram de bom. E não hesitaria em oferecer lugares e pelouros a vereadores da oposição.

Com toda a franqueza não consegui ver as vantagens porque penso que, para os industriais, é preferível estarem ligados a uma zona mais rural do que uma mais industrial. Isso vai trazer aumento dos impostos. Não sei até que ponto seria benéfico mudar para a Área Metropolitana do Porto, embora, neste momento, olhando para o mapa, vê-se que o concelho de Paços de Ferreira é uma bolha dentro da Área Metropolitana.

Na região do Tâmega e Sousa, Paços de Ferreira não tem ganhado muito?

Mas sim, era importante passarmos para a Área Metropolitana do Porto. O Tâmega e Sousa é muito apagado. É uma região pobre. Teríamos todo o interesse em procurar novos voos.

 

Em que é que Floriano Silva pode ser alternativa ao actual executivo?

Posso ser uma alternativa em vários pontos. Sou uma pessoa democrata que aproveitaria tudo que as outras forças políticas fizeram de bom. Só alteraria qualquer coisa que achasse que estava mal. Tudo o que foi feito de bom, mantinha. Todas as pessoas que trabalhassem honestamente eram para manter. Não hesitaria em oferecer lugares e pelouros a vereadores da oposição.

Se as pessoas entenderem que estamos a trabalhar para o bem comum e não a defender partidos, acredito que é possível fazer melhor.

Quais são as suas ideias para o concelho?

Uma das propostas já fazia parte do meu programa de 2013, a criação de uma central térmica biomassa florestal. Fui um bocado levado pelo que estava a acontecer, na altura, e que voltou a acontecer, outra vez, este ano, com os incêndios. Entendi que poderia ser um meio para criar emprego, energia, limpava-se as florestas e reduzia-se os incêndios.

Depois pretendo fazer uma praia fluvial e um parque aquático no Parque Urbano. Apostar no turismo para Paços de Ferreira. Pretendo difundir a imagem da Citânia de Sanfins que é pouco conhecida ao nível das escolas, divulgar um pouco da sua história.

É fundamental diversificar o tecido económico e o turismo seria um vector fundamental para potenciar a economia. Neste momento, Paços de Ferreira tem o mobiliário e o têxtil. O têxtil é uma indústria que tem muita mão-de-obra mas que não pode pagar grandes salários. Queríamos que Paços de Ferreira tivesse empresas de topo, que fosse criado um parque tecnológico. Uma das minhas prioridades é também defender o património da PFR Invest. Uma vez decretada a insolvência será nomeado um gestor de falências e depois vão vender aquilo ao desbarato. Quero intervir para defender esse património. Tenho consciência que foram comprados a preços excessivos certos terrenos e que, hoje, vão ser vendidos ao desbarato, mercê da situação que foi criada.   

Também pretendo, em colaboração com outras câmaras, acabar com as portagens no trajecto que vai de Alfena ao aeroporto e ao Porto de Leixões. Isso é importante para reduzir os custos. Beneficiava as empresas e a mobilidade das pessoas.

O emprego e a criação de emprego com qualidade e com direitos será uma prioridade da nossa política

Este executivo devia ter-se batido por isso?

Devia. Andamos a falar em trazer para aqui o comboio, uma coisa que, para já, está fora de hipóteses. Aliás, o próprio ministro disse que só seria possível em 2035.

 

Não acredita na ideia de Paços de Ferreira ter comboio?

Imediatamente não. No futuro será possível, mas a ciência avança e essa hipótese pode ser posta de lado.

 

Percebe esta proposta do actual presidente de câmara?

Está a fazer uma campanha de promessas, para encher cartaz. Se pensasse bem nisso, ele sabia que não era fácil. Aliás, estão previstos investimentos na linha férrea a partir de 2020, já este mandato vai quase a acabar, antes de começar a pensar sequer nisso. Existem outras prioridades. Está-se a pensar em ligações a Porto-Vigo ou a Madrid, não estão a pensar nos pequenos trajectos. É pena que não o façam, mas não estão a pensar nisso.

Fizeram-se investimentos ruinosos na via-férrea e, se não se mudar esta política, não vamos a lado nenhum. Destruíram o caminho-de-ferro da Trofa. Fizeram o mesmo na Póvoa.

De que forma é que, enquanto presidente da câmara, procuraria atrair investimento para o concelho e apoiar as empresas?

Iriamos apoiar os nossos empresários seguindo muitas das políticas dos executivos anteriores. O emprego e a criação de emprego com qualidade e com direitos será uma prioridade da nossa política. Empresas que criem emprego dessa forma podem esperar redução de impostos. Concordo com a concessão de benefícios desde que paguem salários honestos.

Houve trabalho deste executivo na captação de investimento?

Tentaram. Pelo menos Humberto Brito anunciou várias vezes investimentos, mas depois acabaram por não se concretizar, como é o caso da empresa vietnamita. Talvez não tenha conseguido pôr meios à disposição dessa e de outras empresas como o anterior executivo pôs para o IKEA. Claro que uma entidade privada quer algumas contrapartidas para se instalar.

Antes, havia um descontrolo muito grande das contas

Já falamos um pouco disto, mas volto ao tema. Concorda com a solução encontrada para o problema da água?

Não será bem 50%, mas reduziu. Mas à custa de um acordo que prolonga a concessão da água.

 

O PTP teria optado por outra solução?

Teria optado pela remunicipalização.

 

Mesmo que tivesse que pagar uma indeminização avultada?

Neste caso, também teremos de pagar uma indeminização avultada. Acho que foi uma boa jogada política do Humberto e, provavelmente, para o concelho também não foi muito mau. Se tivéssemos de pagar os 110 milhões que eles estavam a pedir era muito pior. Conseguiram reduzir a água a tempo de eleições, porque senão era apontado como um fracasso.

Seria penalizado nas urnas?

Iria penalizar com certeza, porque eram muitas promessas não cumpridas. A única coisa de que ele cumpriu no imediato foi a questão da oferta dos manuais escolares.

 

Ficou muita coisa por cumprir?

Ficaram todas essas promessas que eles fizeram. De resto teve um trabalho meritório. Na questão da requalificação das estradas, pôr os empregados da câmara a trabalhar. Terminou com certos abusos que havia na câmara municipal. Só em telemóveis acho que poupou um dinheirão em facturas. Eles levavam os carros da câmara para casa, metiam gasolina nos carros deles e depois não trabalhavam. Era tudo por empreitadas. Acabou com isso.

Antes, havia um descontrolo muito grande das contas. Apresentou no primeiro orçamento um superavit. Todos os indivíduos que apresentassem um orçamento deficitário, sem justificações viáveis deviam ser presos. Também conseguiu abater 16 milhões à dívida. Isso é importante. Credibiliza.

Por outro lado, tem procurado animar as ruas do concelho.

A Câmara de Paços de Ferreira está entre as mais endividadas do país. Qual é o caminho do PTP para reduzir a dívida?

A verdade é que a dívida nestes moldes não tem justificação. Assisti a algumas assembleias municipais em que vi orçamentos a serem aprovados pelas despesas e não pelas receitas. Não podemos fazer um orçamento a contar pelo que vai gastar. Tem de explicar aonde é que vai buscar o dinheiro.

O dia das eleições é o dia da igualdade. Somos todos iguais, na medida em que o voto é secreto e devemos decidir de acordo com a nossa consciência.

Se tenho um orçamento de 22 milhões e vou gastar 26 milhões, tenho de saber onde vou buscar aqueles 4 milhões. Os outros como tinham maioria absoluta nunca explicaram. Por vezes, há endividamentos que se justificam, mas eles chegaram a receber o dinheiro, financiamentos da União Europeia e utilizaram-nos noutras coisas. Este presidente, quando lá chegou, não tinha um cêntimo nas contas bancárias, com ameaças de corte de luz.

No final de contas, sou obrigado a reconhecer que Humberto Brito foi um herói nesse aspecto. Foram longe demais no endividamento do concelho. Fizeram coisas positivas, mas foram muito longe na questão do endividamento.

 

Mas qual seria a sua solução para baixar a dívida da câmara?

O caminho era continuar a gerir a câmara com parcimónia, utilizar o pessoal das obras e reduzir a certo gastos que estão para aí a surgir, que se me afiguram como gastos de campanha. A ideia de promover o Ano Municipal da Igualdade com propaganda, propaganda que é paga… Isso não é promover a igualdade. Promover a igualdade faz-se com casos concretos. Há gastos que não se justificam, mas só posso falar com dados concretos.

As pessoas de Paços de Ferreira têm de pensar que o dia das eleições é um dia importante. Sei que é o dia da igualdade. Somos todos iguais, na medida em que o voto é secreto e devemos decidir de acordo com a nossa consciência. A nossa cruzinha é que pode determinar o futuro do concelho e as pessoas deviam escolher o que é melhor para o concelho.