Foto: Verdadeiro Olhar

Os autarcas de Castelo de Paiva, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel dizem-se “estupefactos” e consideram “injustificável o tratamento discriminatório”, caso se venha a concretizar a intenção do Governo, divulgada na comunicação social, de fazer redução do preço das portagens na A41, via que serve o Grande Porto e interliga com a A42 e A4.

Em comunicado, a Associação de Municípios do Vale do Sousa – Valsousa critica o facto de a medida não abranger “a A42 e a A4, que são vias vitais para a mobilidade de pessoas e mercadorias não só dentro desta mesmo território, assim como na ligação à Área Metropolitana do Porto e ao interior do distrito”.

Citado, o presidente da VALSOUSA, e presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Humberto Brito, reivindica igual tratamento ao Governo para estas vias e salienta “o esforço e o contributo das empresas desta região para o fortalecimento do PIB nacional e para o sector das exportações, sendo demais evidente que as empresas exportadoras, muitas das quais fortemente empenhadas em processos de internacionalização das suas marcas e dos seus produtos, têm nestas vias o principal eixo de circulação de mercadorias, porta de entrada e saída de produtos, em direcção ao Grande Porto, ao Norte e Sul do país e à Europa, ainda por cima agora com os desafios decorrentes do impacto da pandemia da Covid-19 que estamos a viver”.

Os autarcas recordam ainda que, no início do ano, enviaram uma carta aberta ao primeiro-ministro expressando o desagrado pelo facto de estás auto-estradas, que servem a sub-região onde reside mais de meio milhão de habitantes, não estarem contempladas com a descida de preços então anunciada pela Ministra da Coesão Territorial.

“Os autarcas da VALSOUSA esperam que o Governo possa corrigir esta situação, no sentido de que, se não for possível concretizar a desejável isenção de portagens, pelo menos seja dado igual tratamento quanto à redução de portagens nas auto-estradas A42 e A4, pois só dessa forma será promovida a coesão territorial da nossa região e do país”, sustenta comunicado.