A Associação Ornitológica de Paços de Ferreira comemora este mês 30 anos e vai contar com uma nova sede e novidades quanto à Expo-Ave.

“Estudamos as aves e, acima de tudo, é também a nossa finalidade preservar muitas espécies que estão em vias de extinção”, sublinha Nelson Mendes, presidente da associação. Além disso, diz que qualquer pessoa pode procurá-los se souber de situações de ilegalidade, uma vez que funcionam como uma “ponte”, fazendo chegar o caso até às autoridades competentes. Conta que, “felizmente”, não têm recebido muitos casos desses porque cada vez “é mais difícil” e “limitado” fugir à lei.

Existem mais de 30 associações do género em Portugal, mas o dirigente refere que esta é a maior quanto ao número de associados que ronda os 1000, vindos de vários pontos do país.

Todos os domingos de manhã, junto ao Estádio do Paços de Ferreira, realizam uma feira, onde os sócios federados fazem uma mostra das aves que criam em casa. “São aves protegidas por nós, ornitólogos. Podemos criá-las legalmente”, indica, acrescentando que recebe sempre muitos visitantes de todo o país e até de Espanha.

“Há muita gente envolvida nesta modalidade e cada vez mais. Felizmente, não só homens e mulheres, mas muitos jovens também entram nesta modalidade e eu fico contente. Isto também é cultura e é considerado um desporto. As instituições que nos tutelam já consideram uma modalidade porque existe competição”, explica Nelson Mendes.

Esta competição, que inclui a atribuição de prémios, é feita depois em Novembro, durante a Expo-Ave Capital do Móvel, que completou no ano passado 27 edições. Reúne todos os anos cerca de 100 participantes (com sócios também de outras instituições) que mostram “aquilo que de melhor fazem”, envolvendo várias espécies de aves como canários, agapornis, cacatuas, entre outras.

Este ano, conta o presidente, este evento vai mudar de nome e será no Mercado Municipal. Mas, para já, as prioridades estão voltadas para as obras na sede, localizada na rua do Estádio, que se vai deslocar “alguns metros”, juntamente com a feira de todos os domingos. “Já se fala há muitos anos das obras que se iriam fazer. Chegou o momento. Era uma das grandes ambições. Quem nos visita merece melhores condições”, destaca.

Outra das ambições que Nelson Mendes refere é “poder apoiar as causas sociais”. “Já nos procuraram e estivemos sempre junto de quem nos procura dentro das nossas capacidades. Acho que é muito importante no nosso futuro para nos dar a conhecer. Não somos só pássaros, mas também uma instituição que procura e se preocupa com as causas sociais”, acrescenta.