O presidente da Associação de Empresas de Paredes (ASEP), Alberto Pereira Leite, defendeu, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, a criação de um segundo parque de estacionamento na cidade.

No dia em que se assinalou o segundo aniversário da instituição, o responsável pela ASEP adiantou que o parque de estacionamento ficará relativamente próximo do centro da cidade, sendo que o processo está já a ser diligenciado, e servirá para promover o comércio tradicional e trazer mais pessoas ao centro urbano.

“Estamos a avançar com a ideia de criar um parque de estacionamento da cidade, gerido por nós. Existe local. Está dependente de algumas démarches. Trata-se de um equipamento que não vai implicar grande investimento por parte da associação, que terá como propósito servir quem vem ao comércio de Paredes e potenciar o comércio tradicional”, disse, realçando não é objectivo da instituição taxar os automobilistas que estacionem ou usufruem do novo estacionamento.

“Hoje com a informática faz-se tudo. Se o automobilista fizer compras no comércio tradicional automaticamente ficará isento de pagar o estacionamento. Caso contrário, terá de pagar ”, frisou, salientando que o novo parque terá três mil metros de área.

Questionado sobre a viabilidade de um estacionamento subterrâneo no Parque José Guilherme, em pleno coração da cidade, uma das hipóteses que chegou a ser aventada no passado, Pereira Leite foi peremptório em afirmar que essa solução nunca esteve na sua cabeça.

“Não se trata de um parque subterrâneo. Não pretendo fazer grandes obras. Brevemente irei anunciar a sua localização”, acrescentou.

“Não basta ter estacionamento é preciso que esse estacionamento seja parte do início de um percurso agradável pedonal, com percursos iluminados e movimento”

O responsável pela ASEP adiantou, também, que teve, recentemente, uma reunião com 90 comerciantes do comércio tradicional de Paredes, de várias áreas, com o objectivo de proceder ao levantamento das dificuldades com que se defrontam e priorizar estratégias no sentido de possibilitar de valorizar o comércio local e promover a mobilidade no interior da cidade.

Nessa reunião, especificou, além da questão da mobilidade, foram abordados temas como a iluminação e segurança pública assim como a animação e a ligação entre o Parque da Feira e o Parque José Guilherme.

Nesta matéria, Pereira Leite, realçou que a maioria dos comerciantes defendeu que deve ser criado um corredor de animação entre os dois parques com actividades que atraiam pessoas às lojas e ao comércio.

“Não basta ter estacionamento é preciso que esse estacionamento seja parte do início de um percurso agradável pedonal, com percursos iluminados e movimento.  O parque da Feira já começa a ter algumas coisas e vale a pena ir lá, mas tem de estar iluminado para as pessoas se sentirem bem. Temos de criar condições agradáveis para chegar lá, um corredor de animação entre o parque da feira e o parque José Guilherme. É preciso transformar o parque da Feira num sítio agradável”, avançou, defendendo paralelamente a necessidade de se promover a regeneração urbana.

“Não é necessário muito dinheiro. Com poucos recursos faz-se muito. Estamos a falar de um processo que exige a colaboração de todos”, expressou.

Sobre a questão da mobilidade na cidade, o responsável pela ASEP concretizou que a associação defende a implementação de mudanças fáceis que possibilitem que os automobilistas parem os carros e se tornem facilmente peões, levando-os a andar na cidade.

“As pessoas dificilmente vão a um lado se esse local distar mais de 180 metros. Defendemos um eficaz aproveitamento com ligações pedonais na feira claramente”,  afiançou, reconhecendo que só com uma estratégia comum que envolva os interessados e a Câmara Municipal de Paredes é possível minimizar os conflitos existentes.

“Existem muitos conflitos. Todas as pessoas acham que têm direito a subir as escadas para falar em nome de todos dizendo quero servir-me a mim. Quero acabar com esta lógica. Quero apanhar o fio condutor daquilo que é desejável pela generalidade e é isso que vou defender à câmara municipal. Contra tudo e contra todos”, atestou, recordando que o trânsito é essencial, mas há que ter em conta, também, os peões.

Falando, ainda, da reunião que manteve com os comerciantes, Pereira Leite anunciou que a maioria é favor da alteração do sentido do trânsito na Avenida da República, transformando esta via numa artéria de dois sentidos, o fim da ciclovia, o estacionamento no Largo Nuno Alvares e a mobilidade do trânsito no centro da cidade.

“Somos uma associação que tem apenas como objectivo promover os associados”

Pereira  Leite aproveitou o encontro com a comunicação social para fazer, também, um balanço dos dois anos de gestão à frente da ASEP, tendo reiterado o compromisso de continuar a desenhar soluções que promovam os associados.

Na área das empresas, o responsável pela ASEP precisou que que a associação deixou de fazer missões empresariais ao exterior e inverteu a situação, trazendo pessoas que sejam consumidores dos produtos de Portugal.

“Este princípio já deu o seu resultado. Existem dois negócios de significativo valor prestados por empresários de Paredes através deste mecanismo um para o Norte de África outro para França de valor elevado. Estamos a falar de centenas de milhares de euros. Neste momento, que estamos a preparar um encontro para empresários portugueses para mercados nórdicos”, disse, reiterando o compromisso de reinventar soluções para potenciar Paredes e trazer os turistas para a cidade.

“O turismo no Norte tem um problema restringe-se ao Porto, Douro e Guimarães. Passa-se aqui por cima com uma facilidade muito grande. Se os turistas estão no Porto e teremos que ir ao Porto. Estamos a montar um esquema para despertar a curiosidades das pessoas para se deslocarem a Paredes. Vamos fazer isso estabelecendo protocolos sem gastos excessivos. Estamos a criar uma solução em que o produto de Paredes será visível a quem visita esta zona”, confirmou.

No domínio do comércio tradicional, Pereira Leite manifestou que a associação vai continuar a implementar actividades que tenham o potencial de atrair pessoas e dar a conhecer os produtos de Paredes.

“O comércio tradicional é, igualmente, uma vertente que queremos apostar. Verifico que o  comércio na cidade e no concelho estava bastante parado. Ninguém compra se não passar nas ruas, é preciso levar as pessoas a andar nas ruas, criar o hábito de que vale a pena visitar Paredes. É preciso perceber que o concelho de Paredes não é só esta zona da cidade, temos de criar condições para viabilizar a animação no concelho”, afiançou.

Ainda no domínio do comércio tradicional, Pereira Leite avançou, por outro lado, que a ASEP vai continuar a investir em actividades e acções promocionais na cidade e no concelho.