Nunca o adágio popular que serve de título a este artigo, foi tão actual relativamente ao que me irei debruçar de seguida.

Na gestão da coisa pública, os actos devem não só ser escrutinados, como e essencialmente perceptíveis por todos aqueles que são governados pelos seus eleitos.

Não obstante a legitimidade política decorrente das eleições, não se pode deixar ao livre arbítrio dos gestores públicos, a forma como o dinheiro (igualmente público) é gerido.

Esta semana na reunião ordinária do executivo municipal, os eleitos do PS na vereação, tiveram essa preocupação na defesa do interesse público.

Das diversas questões abordadas, destaco algumas que me parecem mais oportunas:

Desde logo, um enaltecimento às associações de pais pela forma como mais um ano organizaram o corso carnavalesco que traz brilho e cor à nossa urbe, para gáudio de todos os que assistem.

As crianças que participaram no desfile tornam a nossa cidade única com uma alegria transbordante e contagiante!

Estas associações são credoras do nosso reconhecimento, pela forma estoica como ultrapassam as adversidades, devendo todas as associações serem tratadas da mesma forma, e a própria autarquia retomar algumas práticas que aconteceram por exemplo no ano passado, para se evitar que algumas realizações deveras positivas, tenham apenas lugar no ano eleitoral.

Por outro lado, alertamos (mais uma vez), para o perigo existente na variante do cavalum, devido a uma intervenção mal planeada e projectada sem visão de futuro.

Uma variante como o próprio nome indica é uma via alternativa, sendo certo que no caso concreto do Cavalum, de alternativa tem pouco, sendo aliás, o exemplo cabal de um intervenção que está a causar problemas enormes e perigos na circulação rodoviária.

Não raras vezes, assistimos a veículos de emergência médica, terem que subir o separador central e efectuarem manobras de elevada perícia, porque não têm quaisquer formas de ultrapassarem as filas intermináveis (resultado de uma obra mal concebida).

Prevenimos a Câmara Municipal pela terceira vez desta circunstância, que esperamos tome medidas céleres e adequadas.

Registamos também, volvidos 5 meses das eleições autárquicas, que as obras em curso em diversos pontos da cidade e freguesias, viram os seus prazos de execução prorrogados em largos meses.

Esta forma de fazer politica, que vem nos manuais da “velha politica”, infelizmente até vai dando frutos, numa sociedade que muitas vezes não descortina a montante que os gestores públicos numa ânsia desenfreada de se manterem no poder começam obra “para inglês ver”, e depois de manterem o status quo, deixam que as mesmas sejam prorrogadas até para terem capacidade financeira para as pagar, e tudo decorre dentro da maior normalidade.

São estas contingências reais, que condicionam e desvirtuam por completo o xadrez politico, que devia ser disputado livremente, com igualdade de meios e de oportunidades.

Que bom seria que o jogo politico em Penafiel, fosse disputado em “campo aberto”, onde se discutissem ideias, projectos, programas para a cidade e concelho, sem condicionalismos de máquinas e/ ou aparelhos partidários.

Vamos acreditar que um dia se faça política “mano a mano”, e, aí sim, sem quaisquer sobrancerias o resultado será interessante.

Acredito e lutarei para que isso possa acontecer, pelo menos atenuando a diferença colossal entre os meios que os poderes em funções têm, comparativamente com as oposições.

Mas o tempo enquanto juiz infalível fará justiça, e o maior reconhecimento que se pode ter, é sentir que a comunidade onde estamos inseridos continua sintonizada com aqueles que de boa-fé, de forma desprendida, autêntica e genuína mantém bem vincadas as condições humanas e políticas de SERVIR.