Ainda o Hospital Padre Américo

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Volto ao que aqui escrevi há quinze dias. Os profissionais de saúde do Hospital Padre Américo continuam a dar tudo por todos, numa luta desigual. E todos somos convocados a ajudar. Mas o seu a seu dono: estas últimas duas semanas mostraram como os nossos dirigentes locais souberam reagir ao enorme desafio que enfrentamos.

O intuito destas linhas que regularmente aqui partilho, é demonstrar como o que se passa em Bruxelas tem um impacto direto sobre o que se passa em cada um dos nossos municípios e freguesias, nas vidas de todos e cada um. O que se passou nestas últimas duas semanas, é um exemplo de como a partir da nossa região, e através dos nossos representantes, se pode influenciar o que sai de Bruxelas.

Em primeiro lugar, um conjunto de concelhias do PSD foi claro a exigir que a nossa região não pode ficar de fora do Plano de Recuperação e Resiliência, muito menos o centro hospitalar.

Mais, as suspeitas que pairavam sobre a execução do Portugal 2020 na nossa região também foram confirmadas: com um projeto para ampliação do serviço de urgência do Hospital de Penafiel aprovado desde 2017, o projeto está parado no Ministério das Finanças.

Foi também lembrado que o deficit estrutural de recursos humanos no nosso Padre Américo está há muito identificado e é reconhecido por todas as forças políticas. Algo que, aliás, Antonino de Sousa também pediu à ministra Marta Temido que fosse suprido.

Nada foi negado pelo governo.

Como em inúmeros outros casos, ficou evidente que o poder central tem de dialogar com autarquias. E que é urgente desenvolver canais de comunicação adequados e transparentes e garantir uma participação atempada das autarquias na definição das políticas nacionais. Mas também ficou claro que juntos conseguimos mais: agindo de forma coordenada e reforçando as sinergias das comunidades intermunicipais, será mais difícil ignorar o poder local.

Mas em que medida é que isto afeta a União Europeia? Pela simples razão que o projeto de integração europeia apenas se cumpre chegando aos cidadãos, o que não é possível sem chegar primeiro às autarquias.