Foto: Verdadeiro Olhar

O Agrupamento de Escolas Vallis Longus, em Valongo, é um dos 12 do país que integra um projecto-piloto de Desmaterialização de Manuais Escolares lançado pelo Ministério da Educação no âmbito do Plano Nacional de Transição Digital. Ao todo serão abrangidos 229 alunos do 3.º ano do ensino básico do concelho.

Para já, até que o Ministério da Educação o faça, é a Câmara de Valongo que está a emprestar computadores e hotspots com internet aos alunos. É também a autarquia que paga cerca de 17 mil euros em cadernos de fichas de apoio.

Segundo a proposta que foi aprovada em reunião de executivo, os 12 estabelecimentos de ensino que integram este projecto “são de diferentes contextos socio-económicos e os objectivos primordiais da acção consistem em desenvolver as competências digitais dos alunos; desenvolver literacias múltiplas, através da capacidade de comunicação em diferentes modalidades, do desenvolvimento de pensamento computacional e do sentido crítico; promover a exploração de recursos educativos múltiplos, que permitem explorar diferentes interesses e adequar os recursos a necessidades específicas; e responder a questões de âmbito geral, como a resposta efectiva à sustentabilidade ambiental e aos problemas de excesso de peso nas mochilas”. Alunos e professores vão receber licenças digitais dos manuais.

“É um projecto interessante de transformação de manuais em papel em manuais digitais. Nós em Valongo temos feito uma aposta muito grande no digital, já com outros projectos, como as salas de aula do futuro. Fazia todo o sentido que isto fosse aqui aplicado”, defendeu o vereador da Educação. “O Ministério de Educação vai atribuir computadores a todos os alunos, mas ainda não os atribuiu. Estamos a fazer um empréstimo dos computadores aos alunos até que tenham os do Ministério e vamos emprestar hotspot a cerca de 100”, esclareceu Orlando Rodrigues.

A proposta sublinha “que os cadernos de actividades, em formato de papel, são de extrema importância para os alunos do 1.º ciclo”. “É necessário que as crianças continuem a manipular este tipo de recurso, para que possam desenvolver a sua motricidade fina e a sua caligrafia, pelo que a aquisição de cadernos de actividades em papel se tornou uma necessidade insubstituível e requerida por todos os envolvidos no programa-piloto”, justifica o documento. Pelo que a autarquia de Valongo vai investir mais de 17 mil euros nestes materiais.

“Isto mais tarde ou mais cedo vai ser generalizado. É importante para Valongo estar na linha da frente deste projecto. Temos um custo associado, mas vale a pena”, argumentou Orlando Rodrigues.

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