“Não queremos que paguem. A Câmara de Penafiel paga a obra. Deixem-nos fazê-la”. Foi este o apelo que o presidente da autarquia deixou, hoje, ao vice-presidente das Infra-Estruturas de Portugal que marcou presença na cerimónia do auto de consignação do primeiro troço do IC35, entre Penafiel e Rans.

Em causa a empreitada ansiada para resolver os problemas na saída da A4, na cidade, na intersecção com a variante à EN106 que liga Penafiel a Lousada. A meta, há vários anos, passa pela construção de uma rotunda.

A própria saída da auto-estrada chega a ficar com o trânsito entupido, salientou Antonino de Sousa, sustentando que a Câmara já fez projectos e já os apresentou à IP com quem já trocou várias missivas sobre a obra.

Aos jornalistas, o autarca avançou que esta obra “não é de grande impacto financeiro”, pode custar entre 400 e 500 mil euros.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“O senhor vice-presidente das Infra-Estruturas de Portugal disse-me que iria envidar todos os esforços para ultrapassar os constrangimentos que estão a acontecer e são internos. A Câmara está pronta para assumir os custos da obra, porque ela é muito importante”, salientou.

Esta obra também será determinante para a ligação à central de transportes em Novelas.

Autarquia disponível para assumir a gestão da EN106 até Entre-os-Rios

Antonino de Sousa deixou ainda mais dois reptos. Um que haja um reforço da manutenção da EN 106 entre Penafiel e Entre-os-Rios. “A estrada vai continuar a ser muito importante e continuará a ter muito trânsito apesar do IC35. Está muito degradada, não tem passeios e as bermas não estão apresentáveis. A IP devia dar mais atenção a esta via”, apelou. Aos jornalistas acrescentou ainda que vai formalizar a disponibilidade de a Câmara Municipal de Penafiel assumir aquele troço de estrada nacional. “Se a Infra-Estruturas de Portugal quiser desclassificar a EN106 entre Penafiel e Entre-os-Rios estamos disponíveis para cuidar daquele troço de estrada como deve ser cuidado”, afiançou.

O terceiro repto foi relativo à vila de Abragão, pedindo a revisão da sinaléctica e questões ligadas às águas pluviais na EN320.