Os vereadores do PSD de Paços de Ferreira, Joaquim Pinto e Célia Carneiro, questionaram o executivo socialista chefiado por Humberto Brito, na última reunião de câmara, sobre o perigo de falência de empresas do sector têxtil no concelho.

Em nota enviada, os vereadores sociais-democratas afirmam que, nas últimas três semanas, têm assistido, com bastante preocupação, ao fecho, por falência, de várias empresas sediadas em Paços de Ferreira.

Segundo os vereadores laranjas, grande parte destas notícias estão relacionadas com empresas do sector têxtil, que têm especial relevância, reiteraram, no que toca ao emprego no concelho.

A par destas falências, o PSD adverte, também, para o facto de o Grupo Inditex, que detém as marcas Zara, Bershka, Pull & Bear, entre outras, estar a deslocalizar a sua produção para outros países e estar a diminuir as encomendas a empresas portuguesas.

“Sabe-se que o Grupo Inditex anunciou recentemente que vai deixar de efectuar encomendas a empresas portuguesas, optando pela deslocalização da sua produção para outros países e, esta situação pode também revelar-se catastrófica para Paços de Ferreira pois muitas das nossas empresas têxteis trabalham para este grupo empresarial”, lê-se no comunicado que nos foi enviado.

A nota de imprensa expressa, também, preocupações no que toca à salvaguarda do emprego e da sustentabilidade financeira do concelho, tendo os vereadores eleitos pelo PSD de Paços de Ferreira solicitado ao presidente de câmara que “acompanhe a situação, tanto neste sector como noutros com particular importância ao nível de emprego”.

A solicitação avançada por Joaquim Pinto e Célia Carneiro propõe que sejam tomadas “as medidas necessárias para que as empresas que fecharam não representem o início de uma tendência com forte impacto no nível de desemprego concelhio”.

Na proposta submetida pelos eleitos do PSD requer-se, também, que o presidente do município “use os seus bons ‘ofícios’ junto do primeiro-ministro, António Costa, para que comece, com a máxima celeridade e urgência, negociações com o grupo Inditex com o objectivo de evitar o abandono, por parte desta empresa, da região e, consequentemente, o encerramento de outras unidades fabris que trabalham e dependem deste grupo”.

Contactada, a autarquia não quis comentar.